Pesquisar
Agendar Atendimento Presencial

Serviços

ver todos

Cesariana programada “não protege” da depressão

Cesarianas programadas não protegem mulheres de depressão pós-parto, segundo estudo publicado no British Medical Journey.
    
Estudos anteriores menores deram resultados conflitantes, mas alguns sugeriam que partos traumáticos poderiam aumentar o risco de depressão pós-parto.
    
O novo estudo publicado no British Medical Journey envolveu 14 mil mulheres e tem provas conclusivas de que esse não é o caso.
    
Isso ajuda mulheres e médicos, segundo especialistas britânicos. Até 15% das mulheres têm depressão pós-parto, percentual semelhante para depressão na população em geral.
    
Estresse
    
O parto é reconhecido como um grande evento na vida de uma mulher e pode ser estressante.
    
Complicações durante o parto que tornam necessária uma cesariana de emergência ou o uso de instrumentos como fórceps podem tornar tudo mais estressante, dizem alguns estudos.
     
Mas a professora Deidre Murphy, da Universidade de Dundee, e que trabalhou com colegas da Universidade de Bath na pesquisa, não encontrou evidências de aumento do risco de depressão de acordo com o tipo de parto.
    
A equipe de cientistas pesquisou as mulheres oito semanas depois de terem dado à luz e avaliaram se elas tinham sinais de depressão pós-parto.
    
“O que a pesquisa nos diz é que se uma mulher está com alto risco de ter depressão pós-parto, oferecer a ela uma cesariana eletiva não é algo sensato estritamente para evitar depressão”, disse Murphy.
     
“Mesmo se for necessária uma cesariana de emergência ou um parto assistido, as mulheres podem ter certeza de que não há razão para que elas acreditem ser mais provável que elas vão ter depressão pós-parto.”
    
Segundo ela, o mais importante é assegurar que mães recentes recebam todo o apoio que precisam e que profissionais de saúde estejam alertas para o caso de mulheres que estejam correndo maior risco, como as que já tiveram depressão pós-parto anteriormente.
    
Tendência
     
A professora disse que um número cada vez maior de mulheres é submetido à cesariana, em parte porque as mulheres estão mais gordas e seus bebês, maiores.
    
“Bebês grandes ficam “trancados” e mulheres gordas não fazem bem o trabalho de parto”, disse.
    
No ano passado, o National Institute for Clinical Excellence, da Grã-Bretanha, divulgou as regras a serem seguidas no país e aconselhou os médicos a desestimular as mulheres a fazerem cesariana quando não precisarem.
    
Um porta-voz do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha disse que o percentual de partos por cesariana no país estava em torno de 22% em 2003. Mais da metade dos casos eram cirurgias de emergência.
    
Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.
Com Informações da BBC Brasil.