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Entidades lançam relatório alarmante sobre abertura de escolas médicas

A Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina estão lançando a segunda edição, revista e atualizada, do trabalho “Abertura de Escolas de Medicina no Brasil: Relatório de um Cenário Sombrio”.
     
Desde 2000, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento de 50 novos cursos, totalizando 146 escolas médicas no País e 26 apenas no Estado de São Paulo.

“O ritmo de crescimento é tão intenso que os últimos seis cursos foram autorizados entre a finalização do estudo e sua impressão”, surpreende-se o 2º vice-presidente da AMB, Ronaldo da Rocha Loures Bueno, que assina este trabalho em parceria com a socióloga e historiadora Maria Cristina Pieruccini.
    
A Organização Mundial da Saúde preconiza como parâmetro ideal de assistência à saúde da população a relação de um médico para cada mil habitantes. No Brasil, a média é de 1/622, com picos no Rio de Janeiro (1/302) e no Distrito Federal (1/309), sendo que a maioria esmagadora atua nas capitais.
    
Estes e outros dados alarmantes sobre o excesso e a concentração de profissionais, a distribuição cronológica e geográfica das escolas médicas, além da legislação e dos mecanismos de avaliação estão detalhados no trabalho, cuja primeira edição havia sido lançada em janeiro de 2004.
    
Preocupada com a relação explícita entre a expansão dos cursos de medicina e a queda da qualidade da formação acadêmica e dos honorários da classe, a AMB havia promovido, em 2002, fóruns regionais denominados “Novas Escolas de Medicina: Necessidade ou Oportunismo?”, em Curitiba, Belo Horizonte, Belém, Brasília e Salvador. O objetivo era definir estratégias político-institucionais e um discurso nacional contra a abertura indiscriminada de cursos de graduação em medicina.
    
Em suas considerações finais, o estudo traz reflexões sobre o desequilíbrio entre demanda e oferta de médicos e má distribuição; a necessidade de formulação e implantação de uma política nacional regulatória do acesso e da formação de recursos humanos na área da saúde; a política de recursos humanos para prover o Sistema Único de Saúde e o Programa Saúde da Família usada como justificativa para a criação de novos cursos; e os efeitos da superpopulação de médicos para a defesa profissional, entre outros temas.
     
O trabalho “Abertura de Escolas de Medicina no Brasil: Relatório de um Cenário Sombrio” está sendo distribuído às Federadas e Sociedades de Especialidade da AMB, aos Conselhos Regionais de Medicina, à imprensa e às demais entidades médicas.
    
Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.
Com Informações da Imprensa da AMB.