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Cremepe reivindica saída de militares do IML

27/03/2006 09h44

Do JC on Line.

Terminou agora a pouco a reunião entre os representantes dos médicos – presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Ricardo Albuquerque Paiva, e presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, André Longo – com o Secretário Executivo de Relações Institucionais do Governo, Chico Assis, na tentativa de resolver o impasse sobre a ocupação de policiais militares na sede do Instituto de Medicina Legal (IML).

O encontro aconteceu no Palácio do Governo, onde Chico Assis se comprometeu a tentar argumentar com o Secretário de Defesa Social João Braga e a Secretária de Gabinete Civil Lúcia Pontes para retirar os policiais militares da instituição médica. O presidente do Cremepe, Ricardo Paiva, visitou a sede do IML na manhã desta segunda-feira para conversar com os profissionais que suspenderam a liberação de corpos e classificou a invasão dos PMs como um “gesto autoritário”.

OCUPAÇÃO – Desde a madrugada desta segunda-feira, cerca de 50 policias militares ocupam a sede do IML. De acordo o vice-governador Mendonça Filho, caso os legistas não voltem ao trabalho, médicos do exército e da PM irão realizar as perícias. Enquanto isso, familiares de pessoas vítimas de acidente e violência continuam esperando pela liberação dos corpos. “Desde às 4h estou aqui. Disseram que o corpo já estava liberado, mas falta entregar para a família”, protestou a dona de casa Zuleide Silva, parente de um jovem que morreu em Moreno.

REPÚDIO – O presidente do Cremepe, Ricardo Paiva, classificou como absurda e intolerável a declaração do governador Jarbas Vasconcelos no programa Super Manhã, de Geraldo Freire (Rádio Jornal) na manhã desta segunda (27.03). O governador chamou de bandidos e terroristas os médicos legistas e policiais civis do IML. Confira a declaração de Jarbas Vasconcelos.

“(…) Essa ação do IML ao invés de ser ação de legistas e de policial é uma ação de bandido e o Governo não vai tolerar isso. Agora mesmo o vice-governador ligou pra mim pra dizer que eles estão constrangidos com a presença da Polícia Militar e vão ficar mais constrangidos ainda porque a polícia vai ficar lá e vai resolver. Essa história de constranger com cadáver não vai fazer isso aqui em Pernambuco não. Se for o caso a gente ocupa, tira os cadáveres de lá e manda pra outro lugar pra fazer autópsia. Isso é uma indignidade. É uma ação de bandidos que o Governo de Pernambuco não vai tolerar, não vai tolerar. Então imaginar que eu tô no canto da parede porque vou sair e quero uma solenidade bonita domingo, coisa nenhuma. Nós vamos pra quebra de braço. Nesses termos ai a gente vai pra quebra de braço.Se for necessário recorrer o Exército, à Polícia Militar, eu vou recorrer, porque isso é uma indecência, é uma imoralidade, é uma maneira de é… Nem terrorista faz isso. Terrorista quando mata uma pessoa devolve o corpo, não é? Essa ação que tão fazendo aqui no IML não é ação de polícia. A população deve ficar atenta porque isso é ação de bandidos, de bandidos da pior qualidade e o Governo vai enfrentar isso.”

Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.
Com Informações da Rádio Jornal e Da Redação do PERNAMBUCO.COM.