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Dependendência química preocupa em Itacuruba

Por Alexandra Torres

Itacuruba – A Caravana Cremepe/Simepe do Vale do São Francisco esteve no município de Itacuruba, na manhã desta quinta-feira (25). A localidade, com cerca de 4 mil habitantes, tem registros preocupantes de envolvimento da população com drogas, lícitas e ilícitas, e de pessoas com problemas mentais.

O índice de consultas realizadas por mês, pelos pacientes, também é impressionante. Quando a média seria dois atendimentos médicos por ano, em Itacuruba, as pessoas procuram a unidade médica para uma consulta, em média, quatro vezes ao mês. Um número alarmante refere-se ao uso de psicotrópicos na cidade: 10% da população depende mensalmente desse tipo de medicação.

Foi no debate realizado na Casa Paroquial da cidade, e coordenado pelo conselheiro do Cremepe, André Longo, que as informações foram coletadas, graças a participação de jovens, professores e representantes do governo municipal, do Conselho Tutelar e do Creas. Segundo os relatos, é alto o consumo de drogas na cidade o que reflete diretamente no desempenho dos estudantes que vivenciam o problema dentro de casa, seja com o pai, a mãe, ou outro parente próximo.

Segundo o representante da Secretaria de Saúde de Itacuruba, Eraldo José Campos, uma pesquisa está sendo feita na cidade com as famílias do alunado local, para levantar o grau de comprometimento dessas pessoas com problemas como álcool, fumo e drogas. “Depois que começamos esse trabalho, descobrimos coisas importantes e estamos com alguns pedidos de ajuda. Nesse momento, temos 30 pessoas querendo deixar de fumar, oito pedindo ajuda para parar de beber e três para deixarem as drogas. Estamos tentando buscar auxílio e capacitações para que tenhamos condições de contribuir com essas pessoas”, explica ele.

Entre alguns problemas identificados para esses índices de dependência preocupantes estão a falta de atividades na cidade, para todas as idades, a ausência de perspectivas profissionais e pessoais.

Fiscalização – Na Unidade Mista Dr. Manoel Novaes equipe de fiscalização encontrou como principal problema a ausência de médicos plantonistas na unidade. Essa dificuldade, inclusive, foi um dos pontos mais destacados pela população local na pesquisa de campo realizada pela Caravana durante toda a manhã.