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Saúde pública: desafios das novas regras do governo federal

carlos vitalA conferência magna sobre o perfil da saúde pública no Brasil ministrada pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos  Vital, abriu o IV Encontro Interestadual de Atualização Médica do Vale do São Francisco, em Petrolina, na noite de quinta-feira (13/08). A quarta edição do encontro que conta com a participação dos CRM’s, banhados pelo Rio São Francisco, busca integrar ética e politicamente a atuação das entidades na região.

O presidente da autarquia federal defendeu que diante do cenário da saúde no Brasil, onde os desafios se multiplicam, um encontro de atualização médica é fundamental para discutir as novas regras que o governo têm imposto ao povo brasileiro e categoria médica, como por exemplo, o decreto nº 8.479/2015 que incentiva a mudança de regras para a formação de especialistas no país.  “Estes programas político eleitoreiros não vão garantir a saúde da população e assistência digna da saúde. Nós tivemos nesta última década medidas governamentais que privilegiaram a politica consumista sem investimento em infraestrutura, educação, tecnologia, ou seja, no desenvolvimento sustentável apenas em consumo”, completou.

Para o presidente, não se pode garantir assistência de qualidade de maneira diferente à população a depender da classe social ou poder aquisitivo, o SUS surgiu para assegurar qualidade da saúde à todos, sem distinção. “Trata-se de um momento para compartilhar as nossas preocupações e discutir as diretrizes que a classe médica deve assumir para enfrentar  a atual realidade do nosso  país.”, finalizou.

Resoluções CFM

Ainda sobre a participação do CFM no encontro do Vale do São Francisco, o vice-presidente da entidade, Mauro Ribeiro, ministrou conferência sobre as resoluções nº 2.077/14 referente aos atendimentos médicos nas urgências e emergências do país, resolução Nº 2.079/14 sobre as Unidades de Pronto Atendimento e a resolução de nº 2110/14 que normatiza o atendimento dos Serviços pré-hospitalares móveis de urgência. Para o médico o CFM fez as resoluções pra dar um rumo, um norte à discussão de saúde pública no Brasil. “O que existe hoje é que a urgência talvez seja o lado mais perverso que assola a saúde pública no nosso país, as resoluções apontam caminhos, não são caminhos fáceis, tem objetivos de curto, médio e longo prazo para a implantação e o que nós precisamos fazer enquanto conselho é abri a discussão com gestores, hospitais (diretores) afim de sentarmos e procurarmos uma solução”, definiu Ribeiro.