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ESTADO TEM DÉFICIT DE LEITOS E MÉDICOS

Leitos de UTI fechados no Hospital Universitário de Petrolina I Foto: Joelli Azevedo

Leitos de UTI fechados no Hospital Universitário de Petrolina I Foto: Joelli Azevedo

Cremepe e Simepe cobram ao governo a reabertura de 305 leitos fechados e contratação de 732 profissionais

As entidades médicas de Pernambuco – Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) cobraram a reabertura de 305 leitos de UTI fechados em 16 unidades do Grande Recife, em 2015, e a contratação de 732 médicos necessários para cumprir as escalas dessas unidades. A cobrança foi feita na última sexta (26/02) ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas.

“O governador se comprometeu a nos apresentar um plano de recuperação dos leitos e sobre a carência de médicos em 15 dias. Garantiu ainda que retomaria, de imediato, as obras de recuperação da estrutura e da emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV)”, afirmou o presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues.

Outro hospital foi tema do encontro com Paulo Câmara. “O governador disse que já tinha orçamento para reestruturar a urgência do Hospital Otávio de Freitas (HOF), que está com processo de interdição ética em aberto por não conseguir dar conta da demanda – esperamos que isso se resolva e não precisemos fechar o hospital”, afirmou o presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues.

O médico se surpreendeu com a quantidade de pacientes esperando por uma UTI. “É um número muito alto, leitos de UTI também foram fechados e precisam ser reabertos”, disse.

Por meio das promotora de defesa da saúde da capital, Helena Capela, o MPPE tem procedimento aberto contra o Estado. No dia 3 de fevereiro, foi dado prazo de 40 dias para o governo apresentar cronograma de reabertura dos leitos de UTIs e de 60 dias para transferir os pacientes crônicos que não necessitam de cuidados intensivos de UTIs para unidades adequadas.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) reconheceu a grande demanda por UTI e que o número desses leitos triplicou desde 2007, passando de 228 para 1.042. “A SES ainda descentralizou esse tipo de assistência para todo o Estado”, destacou. E registrou que, mesmo diante do momento de dificuldades, não tem medido esforços para continuar ampliando os serviços oferecidos pelo SUS e que a fila da UTI “é bastante dinâmica e se renova a cada hora”.