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Pernambuco se destaca no primeiro dia do ENCM

IMG_5194Pesquisadores, especialistas e gestor de Saúde de Recife foram destaques na primeira mesa de debate do Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina (ENCM). O evento acontece de hoje (02/03) até sexta (04/03) em Natal, Rio Grande do Norte. Após a abertura do encontro pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital que leu o “Manifesto em Defesa da Democracia e da Ética” e as boas vindas do presidente do Conselho do Rio Grande do Norte, Marcos Lima, as discussões estiveram voltadas ao zika vírus e suas consequências.

O debate contou com a participação da neurologista infantil, Ana Maria Van de Linden que fez uma explanação sobre o diagnóstico por imagem das microcefalias. Para ela, a microcefalia não é uma doença, mas um sintoma de uma afecção encefálica. “Identificamos que o vírus tem tropismo pelas células que tem rápido crescimento na matriz germinativa, resultando em anormalidades corticais e cerebelares e depósito de cálcio em região periventricular”, indicou.

A médica acredita, baseada em pesquisas e artigos científicos que a microcefalia está relacionada ao zika vírus, este transmitido pelo vetor do aedes aegypti. Para ela a epidemia esbarra com questões sociais que devem ser ligadas ao dia a dia das pessoas. Assim, questões relacionadas ao saneamento básico, coleta de lixo e conscientização da população também foram tratados na oportunidade por Jaílson Correia, pediatra e secretário de saúde do Recife. O município tem a maior incidência de microcefalia do país e foi o pioneiro nos estudos e desenvolvimento de ações no combate ao mosquito.

Mas e quando a gestante é diagnosticada com o zika, o que fazer? Como os profissionais devem proceder? A conselheira do Cremepe e obstetra, Luiza Menezes, apresentou as implicações da zika virose na obstetrícia. Trouxe dilemas éticos na comunicação com a gestante, os dilemas reprodutivos para área da obstetrícia, planejamento familiar, reprodução humana, acesso a contraceptivos e todos os problemas sociais que as pernambucanas ainda enfrentam. Mostrou a importância da comunicação e ética médica em cada caso e como as entidades de classe devem pautar sobre questões como a autonomia do paciente.