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Testemunha de Jeová – um desafio médico e ético

testemunhaA Escola Superior de Ética Médica (Esem) do Cremepe promoveu na tarde da sexta-feira (11/11) a palestra “Testemunha de Jeová – um desafio médico e ético”,  na sede do Conselho. A palestra foi realizada pela Comissão de Ligação com Hospitais para testemunhas de Jeová que está em 240 países e territórios do mundo, trabalhando voluntariamente para os 8.220.105 Testemunhas de Jeová.

A Comissão tem o objetivo de fornecer artigos médicos e outras informações, também procuram médicos cooperadores e médicos consultores, ajudam na transferência de pacientes. A Comissão está 24 horas disponível para pacientes e médicos. Eles possuem o site www.jw.org que é o mais traduzido do mundo, onde a posição da comissão é buscar tratamentos médicos de qualidade, solicitando opções terapêuticas às transfusões e trazer a discussão da escolha consciente do profissional médico.

Garantias legais ao médico para preservação dos direitos do paciente

A assessora jurídica da comissão apresentou casos de testemunhas de Jeová e resultados de algumas situações. Ela explicou que a comissão sugere um protocolo de conduta ao médico com um paciente de testemunha de Jeová.  De acordo com a assessora é importante analisar todas as opções terapêuticas, segundo consultar outros médicos experientes e por fim, caso o profissional não se sinta preparado para o atendimento, segundo ela, o médico está amparado na lei para realizar uma transferência.

As testemunhas de Jeová tomaram uma fé com base em uma crença religiosa.  A lei protege a dignidade do paciente e o médico.  Para o médico é desgastante porque existe a terapia que ele acredita, mas o que queremos mostrar é a autonomia do paciente. “O paciente não quer morrer, quer sua vida digna, com sua vontade respeitada”, assim, para ela as crenças do paciente devem ser respeitadas.

Ao término da explanação, o presidente do Cremepe, André Dubeux, questionou sobre a possibilidade de transferir o paciente uma vez que os serviços não estão preparados para receber estes pacientes. “Não temos para onde transferir”, disse.

Já o conselheiro Sílvio Rodrigues trouxe para discussão a diretiva antecipada da vontade que deve ser discutida tanto juridicamente quanto no contexto ético. “Em um contexto ideal existiria uma unidade trabalhando para as testemunhas de Jeová ou pelo menos uma equipe preparada assumir o risco jurídico”, avaliou Sílvio.