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Conselho Federal de Medicina apoia o Movimento Maio Amarelo

O Conselho Federal de Medicina (CFM) é um dos parceiros do Movimento Maio Amarelo, que nasce com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

A parceria foi estabelecida por meio da Câmara Técnica (CT) de Medicina do Tráfego da autarquia, que trabalha com os principais temas da especialidade e nesta ação está voltada à conscientização da sociedade para redução de acidentes de trânsito.

A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) – que representa a especialidade no País – é outra importante parceira dessa iniciativa.

Antonio Meira Júnior, diretor da Abramet e membro da Câmara Técnica do CFM, destaca que mais de 90% dos acidentes de trânsito têm como causa o fator humano. “Então, não ocorrem por acaso. Nós conhecemos as causas e a maioria é passível de prevenção, como obedecer às normas de trânsito e álcool zero para uma dirigibilidade segura”, explica.

A mensagem da Abramet é – diz Meira – destacar a importância da prevenção e da conscientização. “Só conseguiremos diminuir essas tragédias com melhorias no setor saúde e de educação, fiscalização com diminuição da impunidade, e conscientização permanente”.

Assim, para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, o CFM e a Abramet publicarão, em seus veículos de comunicação institucional e redes sociais, uma série de peças e textos alusivos ao tema. As peças, que começaram a ser veiculadas essa semana, destacam a importância da alcoolemia zero para uma dirigibilidade segura, e abordam temas como o uso correto do capacete, o risco da distração provocada pelo uso do celular no trânsito, segurança das crianças e gestantes, e atenção aos pedestres.

Números – Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2016, os acidentes de transporte foram a segunda principal causa de morte não-natural (causas externas) no País. Esse tipo de acidente concentra 25% de todas as mortes por causas externas, ficando atrás apenas das agressões (que inclui homicídios e lesões infligidas por outra pessoa, por exemplo).

O estudo por Estados, no entanto, permite ver que, em alguns, como Tocantins, Piauí, São Paulo e Santa Catarina, as mortes no trânsito superam as mortes por agressões.

Para o coordenador da CT de Medicina do Tráfego do CFM, José Fernando Maia Vinagre, esses números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública.

A presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Patrícia Fucs, também anunciou essa semana que a entidade que dirige apoia a campanha. Ela disse que, “como responsáveis pelo atendimento de dezenas de milhares de vítimas de acidentes de trânsito, os ortopedistas brasileiros lembram que o trânsito mata no mundo, uma pessoa a cada 30 segundos, um total anual de 1,2 milhões de vítimas, segundo a Organização Mundial da Saúde”.

O Movimento – O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil para colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para discutir o tema e engajar-se em ações, propagar o conhecimento, e abordar toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

Segundo a organização, são três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

Saiba mais: https://www.maioamarelo.com/