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Superlotação do HAM é tema de reunião no MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) convocou uma audiência nesta segunda-feira (11/06)  sobre o Hospital Agamenon Magalhães (HAM). A reunião foi dividida em dois momentos: o primeiro sobre a necessidade do aumento de procedimentos na hemodinâmica do hospital e a segunda parte sobre a demanda do Cremepe e Simepe sobre a superlotação do serviço. Participam da audiência coordenada pela promotora Helena Capela e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Saúde (Caop), Édipo Soares representantes da Secretaria de Saúde do Estado (SES), do Hospital Agamenon e da Central de Regulação de Leitos. O número de hemodinâmicas foi aumentado e ficou deliberada a criação de um grupo de trabalho para dirimir as questões de lotação do serviço.

A vice-presidente do Simepe, Claudia Beatriz, iniciou as falas fazendo um breve histórico da emergência, do número de queixas que tem chegado ao Sindicato e sobre a fiscalização realizada em conjunto com o Cremepe. Ela destacou a superlotação, o dimensionamento da equipe e leitos improvisados, inclusive em uma ala nomeada como “Vitamina D”, já que os pacientes ficam internados a céu aberto. “A unidade é porta aberta e os profissionais perdem as contas do número de atendimentos”, explicou.  No dia da fiscalização nos leitos da cardiologia que são 31 haviam 95 pacientes internados.

A promotora interviu informando que o problema do Hospital é principalmente de espaço físico e disse que já há um inquérito civil referente à reforma do HAM e que a demanda foi uma das prioridades levadas à reunião com o governo do Estado.

Para o presidente do Cremepe, André Dubeux, que também participou da fiscalização explicou que na opinião dele a situação vista naquele dia do serviço “é uma questão de dignidade humana” e que toda a superlotação é causada pela deficiência na rede de saúde. Ele destacou ainda que as unidades do entorno do hospital como a UPA Nova Descoberta e a Maternidade Barros lima, que deveriam dirimir a demanda do Agamenon, não funcionam. “Precisamos de leitos de retaguarda para que o fluxo ocorra e que a porta do serviço seja referenciada”, completou Claudia Beatriz.

A gestão hospitalar informou que no dia da fiscalização tinham 114 pacientes internados, uma situação nunca vista. Também explicou que a demanda de pacientes para a cardiologia é 90% regulada, já a clínica geral é  60% demanda espontânea e 40% regulados, mas que o serviço não conta com um parque de diagnóstico sendo o único serviço do estado deste porte que não tem um tomógrafo.

Por fim, ficou deliberada a criação de um grupo de trabalho para discutir a regulação de pacientes afim de solucionar a superlotação. O grupo será formado por representantes do Cremepe e Simepe, da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Executiva de Atenção à Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e a diretoria do Hospital Agamenon Magalhães. Ainda na oportunidade, a SES deverá encaminhar ao MPPE no prazo de 15 dias o cronograma de trabalho do grupo com as datas das reuniões e prazos para finalização.

HEMODINÂMICA – A questão da hemodinâmica foi um procedimento aberto pelo médico assistente do Ministério Público sobre a possibilidade de aumentar o número de atendimentos da hemodinâmica cardiológica do Hospital. A gestão hospitalar informou que o número de procedimentos já aumentou e que a média mensal de atendimentos variam de 120 a 194. Para a promotora, Helena Capela, a importância de fixar o número de atendimentos no Agamenon visa diminuir a demanda do Procape. A diretoria do serviço informou que a meta dos procedimentos já foi pactuada com a central de regulação de leitos e que também estabeleceu a meta de 200 procedimentos por mês da hemodinâmica cardiológica. A questão dos insumos também foi resolvida.