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Entidades médicas vistoriam Policlínica Amaury Coutinho

O vice-presidente do Cremepe, Maurício Matos, e o médico fiscal, Sylvio Vasconcellos, fiscalizam na tarde desta terça-feira (09/10) a policlínica Amaury Coutinho, no bairro de Campina do Barreto, zona norte do Recife. A vistoria foi motivada por uma assembleia dos médicos da prefeitura do Recife promovida pelo Simepe e contou com a participação da vice-presidente do Sindicato, Cláudia Beatriz, e do diretor Executivo do Sindicato, Walber Steffano. Os pontos de partida da fiscalização foram questões relacionadas ao abastecimento da unidade, infraestrutura e recursos humanos.

De acordo com os funcionários da unidade, há cerca de dois anos foi iniciada uma reforma na policlínica, mas há seis meses as obras foram interrompidas e não há previsão de reinicio. Enquanto isso, pacientes são atendidos em salas improvisadas. Na emergência foram montadas três pequenas salas – a vermelha com um leito, a amarela com dois leitos e uma terceira de observação com outros dois leitos -, além de cadeiras para nebulização.

Para o vice-presidente do Conselho é inadmissível que a obra esteja parada e sem prazo de conclusão. “A fiscalização foi muito ilustrativa, o corpo médico muito comprometido, mas o que é inadmissível é você está a dois anos com uma instalação improvisada sem ter previsão para ser retomada essas obras. O improviso é mal para o doente e para os recursos humanos”, sinalizou.

Já a escala de plantão médica é preconizada para três profissionais, porém só a pediatria está completa e ainda assim com plantões extras. “A clínica médica é minha maior dificuldade”, indicou o diretor geral, Robson Cordeiro. Ele ainda ressaltou que  100% do quadro de médicos é concurso e que os três clínicos de plantão se revezam entre evolução e novos pacientes. O quadro total de médicos é 63 profissionais com 21 pediatras, 19 clínicos e 17 ortopedistas. O ideal seriam 23 médicos de cada especialidade, portanto, a carência é de 11 médicos.

De acordo com a vice-presidente do Simepe é lamentável a situação da policlínica e por isso ratifica a greve dos profissionais. “Os médicos tem trabalhado em ambientes insalubres, sem condições adequadas, atendendo a uma população extremamente carente que necessidade de exames, de transferências”, pontuou.

A vistoria ainda identificou que há transferência de pacientes, mas o fluxo da rede ainda é muito defasado e o plantonista que transfere o paciente – descumprindo a Resolução Cremepe Nº 10/2014 – também faltam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), situação que causou o óbito de um paciente na semana passada que ficou de segunda a domingo (6 dias) internado no serviço, entubado na sala vermelha, mas foi a óbito.