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Proficiência de egressos é o tema central da manhã desta quinta-feira (04.04)

Na manhã do segundo dia do I ENCM o debate foi em torno do exame de proficiência de egressos em Medicina. A primeira a falar foi Rosana Leite, diretoria de desenvolvimento da Educação em Saúde. “Almejamos que a nossa educação permita ao homem enfrentar o mundo”, disse. Ela também defendeu a criação de regras em todos os cursos de graduação, e não só nos de Medicina. Sobre a avaliação ao final do curso, ela afirmou: “temos muito medo de avaliação, mas estamos sendo avaliados o tempo todo. Avaliar quem estamos formando significa dizer que estamos modificando a realidade, com o apoio de toda a sociedade”.

Lúcio Flávio Silva, vice-corregedor do CFM, levantou o debate sobre se o exame de proficiência deveria ser único ou cíclico. Ele falou sobre a proliferação de escolas médicas e expôs o cronograma de abertura durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Também falou das portarias que instituíram, em 2016, a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) e como se deu o declínio. “A Anasem era um sonho de consumo nosso, que infelizmente não aconteceu. Mudou o governo e consequentemente a portaria”, lamentou. O exame pretendia avaliar as habilidades e atitudes do aluno no segundo, quarto e sexto ano do curso, e também era integrada ao Revalida”, pontuou.

A representante da Comissão de Ensino Médico do CFM no evento, Rosana Alves, endossou a importância  de haver um exame nos moldes da Anasem. “Queremos que escolas também sejam analisadas, não só os estudantes. E que seja ao longo do curso, e não somente ao final. Só assim poderemos avaliar as competências e habilidades dos egressos”, afirmou.

Sobre a comparação com o exame de Ordem dos Advogados, Rosana ponderou. “Quando alguém se forma em Direito e não passa no exame, existem várias outras possibilidades de atuação para esse profissional. No caso da Medicina, não”. E acrescentou: “a própria OAB tem discuto o exame de ordem”.

Ela também defendeu a existência de um hospital para cada escola de Medicina. “Já ouvi de muitos alunos do sétimo e oitavo períodos afirmaram que só naquele momento estavam aprendendo a tratar pessoas, e não doenças”.