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Cremepe entrega medalha de Honra ao Mérito Prof. Fernando Figueira

Na noite desta quinta-feira (31/10) o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco – CREMEPE – reuniu a categoria médica em festa para homenagear três colegas que se destacam por sua contribuição à Medicina, principalmente ao exercerem no mais alto grau da ética e da dignidade. Este ano, os agraciados da medalha de honra ao mérito prof. Fernando Figueira foram Maria Luiza Bezerra Menezes (obstetrícia), Norma Arteiro Filgueira (clínica médica) e  Múcio Brandão Vaz de Almeida (ortopedia) e a solenidade aconteceu na sede do Cremepe, no Espinheiro. A mesa de abertura foi composta pelos presidentes do Sindicato dos Médicos, Cláudia Beatriz, e da Academia de Medicina, Hildo Azevedo e Sílvia da Costa Carvalho representando a Associação Médica de Pernambuco (AMPE).

O vice-presidente do Cremepe, Maurício Matos, abriu a solenidade justificando a ausência do presidente do Conselho, Mario Lins, parabenizou os colegas agraciados e destacou a importância da condecoração. “É uma das mais altas comendas que nós como médicos podemos receber (…) foi criada através da Resolução do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco em 2004 por considerar necessária a instituição de um marco referencial do reconhecimento aos esforços e dedicação dos que exercem a medicina com ética, solidariedade e responsabilidade social”, disse Maurício.

A comenda foi instituída em 1º de março de 2004 e tem como patrono o saudoso e insubstituível professor Fernando Figueira, figura ímpar, com uma extensa vida dedicada ao cuidar dos menos favorecidos, dentro de uma procura constante pela excelência da prática médica, na humanidade de cada paciente. “Três ilustres colegas, nesta noite de festa, sairão daqui maiores, e também o professor Figueira. A Medicina de Pernambuco sairá maior e mais justa, pois se somos solidários na dor, também o somos na alegria e na comemoração”, disse o 3º vice-presidente do Cremepe, Assuero Gomes, que ficou responsável pelo discurso em homenagem aos agraciados. Ele destacou a vida pessoal, desafios e a trajetória dos profissionais da medicina do Estado.

Na sequência, conselheiros do Cremepe entregaram a medalha e um certificado aos agraciados,  ortopedista Jader Wanderley entregou para Múcio Vaz, Olímpio Moras para Luiza Menezes e Maria do Carmo Godoy para Norma Arqueiro.

Representando os agraciados, Norma Arteiro foi convidada a discursar em nome dos três. “Fiquei especialmente feliz quando soube que o motivo dessa escolha tinha sido pela dedicação ao ensino e a residência médica, reconheço essa casa como o bastião, o guardião da boa medicina então não poderia haver uma honraria mais significativa para mim”, disse. Ela lembrou a primeira vez que veio ao Conselho para receber o número do CRM e na ocasião se sentiu dotada de superpoderes, mas que “com grandes poderes vem grandes responsabilidades. A boa medicina não admite prepotência em superpoderes”, completou.

E continuou: “Aprendi fortemente no poder transformador da educação que não se restringe a transmissão de conhecimentos, mas a formação do cidadão e no nosso caso, na formação do médico como um todo. Aprender a ser médico vai muito além de aprender a fazer o diagnóstico e a prescrição correta. A formação de um bom médico é assunto deveras complexo, tarefa hercúlea frente a tantos desenvolvimentos tecnológicos e científicos e a complexidade do ser humano com suas dores físicas, mentais e sociais. Neste contexto, me preocupa muito a explosão de abertura de novas escolas médicas, a gente fica questionando as reais condições que a medicina é vivenciada em algumas dessas instituições, principalmente em algumas que não dispõe de um hospital escola. Não se aprende medicina só nos livros, escutar, examinar e vivenciar o contato com o paciente é essencial. O médico se forma a partir de exemplos” e emendou nomeando algumas referências da sua vida acadêmica, ainda agradeceu aos familiares e amigos presentes.