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Academia Pernambucana de Medicina chega a 2020 com ações em favor da sociedade

Com a missão de conservar a memória da atividade médica e difundir o conhecimento científico no Estado, a Academia Pernambucana de Medicina chega a 2020 com muitos motivos para comemorar. Até dezembro, quando completa 50 anos de fundação, a instituição prepara uma série de ações, discutindo os desafios para o presente e o futuro, sem deixar de lado a história, da área da saúde no Brasil e em Pernambuco.

Fundada no dia 17 de dezembro de 1970 pelo médico e professor Fernando Figueira (1919-2003), a Academia Pernambucana de Medicina, atualmente composta por 50 membros, funciona na antiga Faculdade de Medicina do Recife, um casarão tombado às margens do rio Capibaribe, nas imediações da praça do Derby, na área central da Capital.

O edifício histórico abriga também o Memorial da Medicina, a Associação Brasileira de Escritores Médicos em Pernambuco, a Associação dos Ex-Alunos da Faculdade de Medicina do Recife e o Instituto da História da Medicina. “O prédio foi planejado pelo arquiteto italiano Giácomo Palumbo, que projetou o Hotel Central, na Boa Vista, e o Palácio da Justiça. Representa o estilo neocolonial”, explica o presidente da instituição, o neurocirurgião Hildo Azevedo Filho.

Para o médico, que também acumula 50 anos de profissão, a criação da entidade reflete o espírito empreendedor e visionário do célebre fundador do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip). “As academias médicas vêm da Renascença, sobretudo da França. E Fernando Figueira viu que as pessoas podiam analisar a medicina num aspecto maior, defendendo a cultura e a ética e estimulando o crescimento da nossa medicina”, afirma Azevedo.

Para celebrar essa história, a entidade programa uma série de atividades neste ano. Entre elas, está a reedição, em parceria com o Conselho Regional de Medicina, de três livros do sanitarista Octávio de Freitas: “Os nossos médicos e a nossa medicina”, “História da Faculdade de Medicina do Recife” e “Medicina e costumes do Recife do século 19”. Para o primeiro semestre, está prevista a realização de um fórum com entidades de outras áreas científicas. Já para a segunda metade do ano, está sendo planejado um encontro com as academias médicas de outros estados com seminários sobre diversos temas, como ensino e residência, o Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde mental dos médicos e questões que atingem as comunidades, incluindo o saneamento básico e o tratamento do lixo.

Dedicação e serviços
Presidente de honra da Federação Mundial de Neurocirurgiões, entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) com sede na cidade de Genebra, na Suíça, Hildo Azevedo Filho é também professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e chefe do Serviço de Neurocirurgia da Residência Médica do Hospital da Restauração.

Para quem passou por tantas experiências, o trabalho é uma forma de prestar serviços à sociedade. “Minha ideia é colocar a Academia como protagonista do movimento em Pernambuco, com as necessidades dos médicos e dos pacientes pernambucanos. Não podemos perder de vista que a defesa do SUS é absolutamente imprescindível. O SUS é o maior instrumento de inclusão social desde o advento do salário-mínimo, mas é mal gerido e mal financiado”, afirma. “A melhor forma de melhorar o País é pela educação, e a Academia quer entrar nesse processo. Ou você faz a medicina pública, com gestores públicos, colocando os médicos numa função de carreira e privilegiando a dedicação, o trabalho e a meritocracia acadêmica, ou nunca vai adiante”.