Novembro azul | Fonte: Diario de Pernambuco
Novembro Azul – a importância do exame preventivo da próstata
- Por: Nattasha Pollyane
- novembro 23, 2020
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Fonte: Diario de Pernambuco
As matérias veiculadas pelo jornal citado como “fonte” não representam a opinião do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). O clipping tem por objetivo atualizar os leitores das principais notícias referentes à saúde veiculadas no país e, principalmente, no estado de Pernambuco
Tibério Moreno de Siqueira Júnior
Doutor em Urologia (HCFM/USP), Fellow em Endourologia (Indiana University),
Chefe do Serviço de Urologia do Hospital Memorial São José e Membro do Grupo de
Cirurgia Robótica do Hospital Esperança
As doenças da próstata atingem
desde o homem jovem até o idoso, predominando a partir dos 50 anos. A principal
destas doenças é o câncer prostático, pois além de ser altamente comum (1:4
homens aos 50 anos e 1:2 homens aos 80 anos) geralmente não apresenta nenhum
sintoma. Devido a isto, cerca de 40% dos tumores só são diagnosticados quando a
doença não é mais curável. Reside aí a grande importância do exame preventivo
da próstata.
O exame preventivo tem por intenção o diagnóstico precoce do câncer prostático.
Todos os homens acima de 50 anos de idade (45 anos para os com história
familiar de CA de próstata) devem se submeter uma vez por ano a este exame. Só
o diagnóstico precoce oferece a chance de cura para a doença. O exame
preventivo é composto por exames de laboratório (urina, PSA), ultra-sonografia
da próstata e toque retal. Destes, os mais importantes são o PSA e o toque
retal. Quando alterados, indicam uma maior possibilidade de câncer de próstata,
sendo necessária a realização de ressonância multiparamétrica e biópsia de
próstata, para a definição diagnóstica
Atualmente, a melhor forma de tratamento para os tumores localizados é a
cirurgia por via robótica, chamada prostatatectomia radical robótica. Ela
confere uma elevada chance de cura (em torno de 90%) e elevadíssimas taxas de
recuperação da função urinária e potência sexual (incontinência urinária: 2%,
impotência < 20% dos casos), além de ser uma cirurgia minimamente invasiva,
com rápida recuperação pós-operatória.
O sistema robótico proporciona um controle intuitivo dos movimentos durante a
cirurgia, associado a uma visualização tridimensional do campo cirúrgico e
ampla movimentação dos instrumentos cirúrgicos. No caso específico da
prostatectomia radical robótica, a grande ajuda do robô ao cirurgião é
exatamente na preservação dos nervos que passam por trás da próstata. Tais
nervos são os responsáveis pela ereção peniana. Devido à amplitude e precisão
dos movimentos das pinças, associada com perfeita visualização do campo
operatório, esses nervos são preservados com mais facilidade, aumentando muito
a chance de o homem preservar sua função erétil após a cirurgia.