EVENTO

Mais de 500 médicos residentes participaram do Curso de Ética e Bioética

Médicos residentes que estudam e atuam em todo o Estado participaram, entre os dias 13 e 15 de maio, do 4° Curso de Ética e Bioética, que reuniu mais de 500 pessoas no Mar Hotel, em Boa Viagem. Durante os três dias, o grupo teve a oportunidade de conhecer mais o cotidiano da profissão. O evento, organizado pela Escola Superior de Ética Médica de Pernambuco (ESEM-CREMEPE), teve como objetivo inserir os médicos dentro das questões éticas e bioéticas, que é a essência do papel do Conselho, em acompanhar o exercício do profissional e capacitá-lo. No primeiro dia (segunda-feira, 13), o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, conduziu a primeira miniconferência. "Este curso permite o ato de pensar e discutir sobre as questões éticas que devem ser colocadas em prática na nossa profissão. O conhecimento deste tema determinará o diferencial entre técnicos de medicina e verdadeiros médicos", afirmou.    

IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS: CFM ingressa na PGR com representação contra três ministros

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou nessa quinta-feira (16), na Procuradoria Geral da República (PGR), com uma representação contra os ministros da Saúde, Educação e Relações Exteriores – respectivamente, Alexandre Padilha, Aloízio Mercadante e Antônio Patriota. A entidade quer esclarecimentos sobre supostos projetos e acordos para assegurar a entrada no país de médicos estrangeiros e de brasileiros portadores de diplomas obtidos no exterior. Na representação, a entidade argumenta sobre os riscos da importação de médicos sem critérios. Para o CFM, esta medida fere a autonomia nacional, desrespeita a legislação que regula o ingresso de médicos no país, coloca em risco a qualidade da assistência oferecida à população e não resolve de forma definitiva o atendimento em saúde das áreas de difícil provimento no interior e nas periferias dos grandes centros. Em sua argumentação, o CFM conclama o Ministério Público a apurar as suspeitas de irregularidade para garantir a proteção dos interesses do cidadão brasileiro.  “Não admitimos uma medicina de segunda para os mais carentes”, afirmou o presidente do CFM, Roberto d’Avila.

SERRA TALHADA: Cremepe fiscaliza plantões na rede privada do município

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) reuniu gestores de unidades de saúde de Serra Talhada na sede da entidade. O principal assunto abordado foi a cobrança da regularidade dos plantões médicos nas clínicas, hospitais e serviços de saúde privada do município. A situação evidenciada no mês passado pela Delegacia do Cremepe de Serra Talhada detectou ausência de médicos plantonistas em toda a rede particular. Para o 2º Secretário do Cremepe e coordenador do Setor de Fiscalização, Roberto Tenório, é indispensável a obrigatoriedade do plantão presencial para assistência dos serviços à comunidade. Em reunião com os gestores municipais de saúde, as dificuldades alegadas para a contratação de médicos em escala contínua são devido ao custo financeiro repassado pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) no local, e à carência de profissionais na região. Entretanto, de acordo com Clóvis Alves de Carvalho Filho, da Gerência Regional de Saúde, cabe ao munícipio a contratação dos serviços de saúde privados para suprir as necessidades locais, através dos recursos recebidos da instância federal.

AÇÕES: Cremepe cobra melhorias na saúde pública de Petrolina

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) está adotando uma série de medidas para melhorar o atendimento público de saúde na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado. Semana passada, o 2° secretário e coordenador do setor de fiscalização, Roberto Tenório, esteve na cidade e reuniu-se com diretores de unidades de saúde e representantes da secretaria municipal. No Hospital de Trauma, foram entregues os dois últimos relatórios de fiscalizações realizadas pelo Conselho na unidade. Também foi demonstrada a preocupação do Cremepe com relação à transferência de gestão do hospital. A Univasf vai abrir processo licitatório para escolha de nova entidade que vai gerir a unidade. Durante a reunião, foi informado que já está sendo negociado o aumento de recursos para o hospital, que hoje é de R$ 2,1 milhões, para R$ 4,1 milhões. Os valores atuais são insuficientes para a boa prestação de serviço. Também houve garantia de que não haverá escassez de materiais de insumo, medicamentos e equipamentos no período de transição da gestão, que deve durar cerca de um ano.

ENSINO: Fórum do CFM provoca reflexões sobre a formação do futuro médico

O IV Fórum Nacional de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizado nos dias 15 e 16 de maio, provocou reflexões sobre a formação humanística de médicos. O presidente do CFM, Roberto d'Avila, salientou a importância de se estimular os alunos e valorizar as histórias da vida: "O contato com o paciente é essencial para o trabalho médico. A anamnese não pode cair em desuso". O encontro, em Brasília, reuniu cerca de 80 representantes de entidades médicas. Para d'Avila, a Medicina não pode ficar refém da tecnologia e de ações apenas terapêuticas sem uma visão mais humana. "Respeitar os valores culturais, as vontades e os desejos do paciente: isso é a verdadeira Medicina". O presidente do CFM citou o historiador Gregorio Marañón: "É por meio das humanidades que se pode chegar a um conhecimento mais abrangente e preciso da realidade humana".

INVESTIMENTO: Gasto per capita do Brasil com saúde é menor que média mundial

O governo brasileiro gasta menos que a média mundial com a saúde de seus cidadãos. Dados divulgados na quarta-feira (15), em Genebra, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o País de fato avançou na última década em relação aos investimentos na área. O resultado, porém, ainda o coloca em uma posição inferior à média global. Hoje, mais da metade das necessidades de saúde de um brasileiro é paga pelo próprio cidadão, não pelos serviços públicos. As informações foram divulgadas na semana que antecede a Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra. Na ocasião, será feita uma avaliação do setor no mundo. Está prevista a participação de ministros da Saúde de vários países, entre eles o brasileiro Alexandre Padilha. Segundo os dados, os gastos públicos mundiais com a saúde de cada cidadão chegou a US$ 571 por ano em 2010, a última cifra disponível em escala mundial. No Brasil, esse gasto per capta somou US$ 466/ano.