O vice-presidente do Cremepe, André Dubeux e o médico fiscal Sylvio Vasconcellos se reuniram na noite da última quinta-feira (03/12) com os médicos oncologistas de Pernambuco. Profissionais dos serviços do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Hospital das Clínicas (HC), Hospital do Câncer (HCP) e IMIP estão preocupados com o repasse de quimioterápicos. As medicações eram repassadas pela farmácia do Estado, mas há cerca de 20 dias atrás, em reunião com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Ministério da Saúde os médicos foram informados que cada unidade vai ter que assumir a compra das medicações.
Os médicos indicaram que já foi elaborado um protocolo para a judicialização dos medicamentos na rede. A própria secretaria de Saúde fez uma câmara técnica para as deliberações judiciais na compra dos quimioterápicos, entretanto, em reunião com o MPPE foi definido que as medicações deveriam ser repassadas pelos próprios hospitais, medida que inviabiliza o serviço por falta de verba. O médico do HCP explicou que o estado compra os quimioterápicos com até 40% de desconto e o hospital não. “Se continuarmos assim a unidade sobrevive mais 60 dias”, pontuou.
Para o vice-presidente do Conselho esta situação é muito grave porque desassiste o paciente e compromete o trabalho do médico. A saúde como direito constitucional e dever do estado não pode ser negada em nenhuma hipótese. “Vamos trabalhar com o Ministério da Saúde através do CFM. A assessoria jurídica do Cremepe se reunirá com os médicos para desenvolver uma ação sobre a situação e institucionalizar o documento” disse Dubeux.
Assim, ficou deliberado que as chefias das unidades irão repassar as informações para o jurídico do Conselho. O objetivo é formalizar uma ação e encaminhar ao ministério público e CFM. Além disso, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, irá se reunir no próximo dia 14 de dezembro com o grupo para esclarecer as medidas a serem tomadas.
