O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (7), do Fórum “O Envelhecimento e as Políticas Públicas de Atenção à Saúde na Alta Complexidade Cardiovascular”, promovido pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).
A autarquia foi representada pelo seu secretário-geral, conselheiro Henrique Batista e Silva, que coordenou o módulo sobre “O Impacto do envelhecimento nas políticas de saúde”. De acordo com o conselheiro, “o evento é de grande relevância na medida em que os debates sobre a universalização da saúde são um desafio no Brasil e no mundo. Uma melhor governança nessa área exige ética e comprometimento”.
Um dos objetivos do fórum foi discutir o papel do legislativo na elaboração de políticas públicas para ampliar o acesso dos idosos ao sistema de saúde, além de temas como aspectos jurídicos da assistência à essa população no Brasil, a importância do voluntariado na atenção aos idosos e aspectos técnico-científicos sobre as especialidades que promoveram o evento (Hemodinâmica, Cardiologia Intervencionista e Cirurgia Cardiovascular), como a incorporação de tecnologias de alto custo pelos sistemas de saúde.
No Brasil, a evolução da composição populacional por grupos de idade aponta para a tendência de envelhecimento demográfico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação dos idosos de 60 anos ou mais de idade passou de 9,8% em 2005 para 14,3% em 2015, com tendência a se acentuar nos próximos anos. Essa modificação no perfil epidemiológico do país representa um desafio para os serviços de saúde, pois surgem cada vez mais demandas relacionadas às principais doenças responsáveis por óbitos nesse grupo etário, como doenças cardiovasculares, neoplasias malignas, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas.