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Entidades médicas pedem comprovação de eficácia da asparaginase chinesa junto ao Ministério da Saúde

asparaginase-1140x641Os presidentes do Sindicato dos Médicos (Simepe), Tadeu Calheiros, e do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), André Dubeux, junto ao corpo jurídico das duas entidades e de representantes da sociedade civil, protocolaram uma representação no Ministério Público Federal (MPF) questionando a eficácia do medicamento conhecido como a “asparaginase chinesa”. Os remédios, de denominação comercial “Leuginase”, são produzidos para o tratamento da Leucemia Linfóide Aguda, foram adquiridos pelo Ministério da Saúde, mas ainda não tem a sua comprovação apresentada, porém mesmo assim já está sendo utilizado na rede pública.

O documento ressalta que os medicamentos foram adquiridos sem licitação pela pasta federal, valendo-se, em tese, da lei que permite essa dispensa em casos de emergência ou calamidade pública, uma vez que seguindo o trâmite normal – com cotação internacional direta – essa compra poderia demorar até 180 dias, provando um risco de desabastecimento. No entanto, a representação reforça que as entidades médicas (Simepe, Cremepe e AMPE) estão preocupadas com a falta de transparência com que a situação está ocorrendo. Por isso, os pedidos de esclarecimentos.

“Não podemos tratar pacientes, crianças, que lutam incessantemente pela vida com um medicamento que não tenha transparência quanto à sua eficácia. Eles precisam passar pelos mesmos testes as quais todos os outros medicamentos se submetem. Saúde é coisa séria e não podemos deixar o tratamento de uma enfermidade tão grave à sorte e nem menosprezar o árduo trabalho de cientistas, que buscam por um tratamento mais eficaz todos os dias”, destacou o presidente do Simepe.

As palavras de Calheiros foram reforçadas pelo presidente do Cremepe. Ele explicou que há uma preocupação por parte dos médicos que estão tratando os pacientes com essa droga e se realmente ela está tratando efetivamente. “Sabemos que cerca de 20% dessas crianças vão reincidir ao tratamento por questões que envolvem a própria doença. E nós temos muito receio que esse percentual aumente por um medicamento que foi comprado sem a devida comprovação. Esperamos que Ministério Público Federal acione o Ministério da Saúde para que ele apresente os documentos que comprovem a eficácia do medicamento contra a doença”, pontua Dubeux.