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Hospitais e planos ainda buscam acordo

Última tentativa de entendimento sobre o reajuste de diárias, taxas e materiais descartáveis acontece na próxima quinta-feira. Hospitais mantêm ameaça de suspender atendimento

Mais de dois meses não foram suficientes para um acordo entre os 23 planos de saúde de autogestão e os maiores hospitais do Estado. Em nova audiência pública realizada ontem, na Defensoria do Estado, representantes do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe) e do Grupo de Empresas de Autogestão em Saúde (Gremes) não chegaram a um consenso em torno do reajuste a ser aplicado nos custos das diárias, taxas e materiais descartáveis usados nos procedimentos hospitalares. Diante de tantas discussões, as partes combinaram apenas mais uma audiência pública para se chegar a um acordo. O encontro ficou marcado para a quinta-feira da próxima semana.

Sem um acordo, os hospitais mantêm a ameaça de suspender o atendimento aos cerca de 180 mil usuários dos 23 planos de saúde. Existe a possibilidade também de cada plano negociar de forma diferenciada com os hospitais, uma vez que cada um deles apresenta uma condição financeira distinta.

O Gremes já iniciou a procura de uma rede alternativa de hospitais para o caso de substituição dos serviços prestados pelos 16 grandes estabelecimentos do Estado, mas o próprio Gremes e o Sindhospe admitem que a rede alternativa não é suficiente para substituir toda a demanda atual. Mardônio Quintas, presidente do Sindhospe, explica que os 16 hospitais que estão no impasse com o Gremes representam 90% dos leitos diferenciados do Grande Recife. Inicialmente, o impasse envolvia 12 hospitais, mas outros quatro aderiram posteriormente à negociação conjunta do Sindhospe.

Ontem, o Gremes recusou a proposta apresentada semana passada pelo Sindhospe, que permitia um reajuste de 33,08% na tabela de taxas e diárias dos hospitais especiais e de 20% para os demais estabelecimentos, bem como a adoção da tabela de referência Simpro mais uma margem de comercialização de 20% para os materiais descartáveis. Diante da resposta, o Sindhospe apresentou mais duas propostas ontem. Uma delas reduz em três pontos percentuais os reajustes anteriormente sugeridos, caindo para 30% e 17% o aumento nas despesas com taxas e diárias. “Eles também pediram para calcularmos o percentual de impacto que as empresas podem assumir”, disse Sérgio Sônego, presidente do Gremes.

Sérgio Sônego acredita num acordo até a próxima semana. “Estamos com a expectativa de chegar a um acordo. Estamos estudando as medidas necessárias caso haja um descumprimento de contrato”, declarou Sônego. Mardônio Quintas, porém, não se mostrou muito otimista. “A reunião não foi boa. O Gremes recusou nossas propostas e não apresentou uma contraproposta. Estou vendo a situação com pessimismo”. O Sindhospe reafirmou a possibilidade de suspensão do atendimento dos hospitais e chamou a atenção dos usuários dos planos de saúde para esse risco. “A situação caminha para redução na qualidade do atendimento. Acredito que até agora o usuário não percebeu isso. Mas ele pode pressionar os dirigentes dos planos de saúde”, frisou Quintas.

Cristina Sakaki, defensora pública, explica que não há mais condições de marcar sucessivos encontros. Por isso, só haverá mais uma audiência. “Já foram extrapolados todos os limites de uma possível negociação. Já houve tempo suficiente para um consenso. Mas acredito que todas as partes estão interessadas em chegar num acordo”, afirmou Cristina, acrescentando que a a Defensoria poderá tomar outras medidas cabíveis no caso de o usuário ser lesado. Um dos caminhos é a Justiça.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Com Informações do Jornal do Commercio.

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Privado: Hospitais e planos ainda buscam acordo

Última tentativa de entendimento sobre o reajuste de diárias, taxas e materiais descartáveis acontece na próxima quinta-feira. Hospitais mantêm ameaça de suspender atendimento

Mais de dois meses não foram suficientes para um acordo entre os 23 planos de saúde de autogestão e os maiores hospitais do Estado. Em nova audiência pública realizada ontem, na Defensoria do Estado, representantes do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe) e do Grupo de Empresas de Autogestão em Saúde (Gremes) não chegaram a um consenso em torno do reajuste a ser aplicado nos custos das diárias, taxas e materiais descartáveis usados nos procedimentos hospitalares. Diante de tantas discussões, as partes combinaram apenas mais uma audiência pública para se chegar a um acordo. O encontro ficou marcado para a quinta-feira da próxima semana.

Sem um acordo, os hospitais mantêm a ameaça de suspender o atendimento aos cerca de 180 mil usuários dos 23 planos de saúde. Existe a possibilidade também de cada plano negociar de forma diferenciada com os hospitais, uma vez que cada um deles apresenta uma condição financeira distinta.

O Gremes já iniciou a procura de uma rede alternativa de hospitais para o caso de substituição dos serviços prestados pelos 16 grandes estabelecimentos do Estado, mas o próprio Gremes e o Sindhospe admitem que a rede alternativa não é suficiente para substituir toda a demanda atual. Mardônio Quintas, presidente do Sindhospe, explica que os 16 hospitais que estão no impasse com o Gremes representam 90% dos leitos diferenciados do Grande Recife. Inicialmente, o impasse envolvia 12 hospitais, mas outros quatro aderiram posteriormente à negociação conjunta do Sindhospe.

Ontem, o Gremes recusou a proposta apresentada semana passada pelo Sindhospe, que permitia um reajuste de 33,08% na tabela de taxas e diárias dos hospitais especiais e de 20% para os demais estabelecimentos, bem como a adoção da tabela de referência Simpro mais uma margem de comercialização de 20% para os materiais descartáveis. Diante da resposta, o Sindhospe apresentou mais duas propostas ontem. Uma delas reduz em três pontos percentuais os reajustes anteriormente sugeridos, caindo para 30% e 17% o aumento nas despesas com taxas e diárias. “Eles também pediram para calcularmos o percentual de impacto que as empresas podem assumir”, disse Sérgio Sônego, presidente do Gremes.

Sérgio Sônego acredita num acordo até a próxima semana. “Estamos com a expectativa de chegar a um acordo. Estamos estudando as medidas necessárias caso haja um descumprimento de contrato”, declarou Sônego. Mardônio Quintas, porém, não se mostrou muito otimista. “A reunião não foi boa. O Gremes recusou nossas propostas e não apresentou uma contraproposta. Estou vendo a situação com pessimismo”. O Sindhospe reafirmou a possibilidade de suspensão do atendimento dos hospitais e chamou a atenção dos usuários dos planos de saúde para esse risco. “A situação caminha para redução na qualidade do atendimento. Acredito que até agora o usuário não percebeu isso. Mas ele pode pressionar os dirigentes dos planos de saúde”, frisou Quintas.

Cristina Sakaki, defensora pública, explica que não há mais condições de marcar sucessivos encontros. Por isso, só haverá mais uma audiência. “Já foram extrapolados todos os limites de uma possível negociação. Já houve tempo suficiente para um consenso. Mas acredito que todas as partes estão interessadas em chegar num acordo”, afirmou Cristina, acrescentando que a a Defensoria poderá tomar outras medidas cabíveis no caso de o usuário ser lesado. Um dos caminhos é a Justiça.