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Neurocirurgiões em debandada

Os neurocirurgiões que trabalham nas emergências dos hospitais Getúlio Vargas, Regional de Caruaru e Restauração prometem, já para o dia 31 de julho, um pedido de demissão em massa, caso não vejam atendidas suas reivindicações. Além da questão salarial, eles enfatizam a necessidade urgente de investimento em condições de trabalho. Uma carta apontando os fatores que levarão os profissionais a uma decisão tão drástica foi enviada, desde o início de maio, ao Cremepe, Simepe, Secretaria de Saúde do Estado, Ministério Público e diretores dos hospitais. Até aqui a resposta foi o silêncio. Ou eles não acreditam na promessa ou não estão nem aí.

Difícil crer na segunda opção, pois seria de supor que existe uma fila de neurocirurgiões ávidos para ocupar a lacuna deixada pelos agora estão no front. A verdade é que faltam médicos dessas especialidades nos três hospitais referidos e o HR é o único da lista que ainda conta com um atendimento diário nesta área. Nos outros, achar quem quem atenda é uma questão de sorte. Aparentemente, ninguém quer se submeter a plantões estendidos por falta de substitutos, a processos por mal-prática da medicina, quando o que de fato acontece é sobrecarga de responsabilidade. Do jeito que está, ninguém quer trabalhar para o Estado. Os médicos não querem chegar a extremos, querem o diálogo e, sobretudo, precisam de condições dignas de trabalho.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Publicada na coluna JC nas Ruas, por Flávia de Gusmão, do Jornal do Commercio de 12.07.2007.