Pesquisar
Agendar Atendimento Presencial

Serviços

ver todos

Médicos rejeitam proposta do Governo

Clima de indignação toma conta dos médicos do Estado

Em assembléia geral realizada nesta quinta-feira (18.07), os médicos vinculados a rede pública estadual não aceitaram a proposta salarial feita pelo governo e decidiram iniciar a entrega de cargos (demissão) a partir desta sexta-feira (20.07).

A categoria esteve reunida por 2h20m, na Associação Médica de Perrnambuco (AMPE), na Boa Vista, e rejeitou por unanimidade da proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo Estadual aos representantes das entidades médicas – Simepe e Cremepe. Os profissionais reivindicam que o salário-base inicial dos médicos do Estado, que atualmente está na faixa de R$ 1.400, fosse elevado para R$ 2.161,00. Mas, o Governo do Estado ofereceu apenas R$ 100,00 de gratificação, isto é, passando de R$ 600,00 para R$ 700,00 aos médicos plantonistas que atuam nas emergências dos hospitais públicos.

“A proposta feita pelo governo chega a ser ridícula e desrespeitosa. A categoria acredita que só pode ser provocação. Todos os 120 médicos que compareceram à assembléia geral ficaram indignados. Sabemos que entregar o cargo é uma medida drástica, sobretudo para a população, mas temos que ir para o embate. Sei que pedir demissão é uma decisão de caráter individual, mas percebo que a maioria dos médicos está disposta a sair mesmo”, assinalou o presidente do Simepe, Mário Fernando Lins.

Ele enfatizou que os médicos ortopedistas e neurocirurgiões, sobretudo dos Hospitais Getúlio Vargas [HGV], no Cordeiro, e Restauração, no Derby, estão entre os que vão pedir demissão. “São as maiores emergências”, afirmou Lins. Na última segunda-feira, o setor de trauma do HR chegou a ser parcialmente fechado por causa da quantidade excessiva de pacientes. “Isso porque os médicos estavam atendendo. Imagine quando entregarem os cargos?”, indagou Lins. O problema no atendimento aos pacientes também deve afetar o Hospital Otávio de Freitas, no Sancho, Zona Oeste do Recife. O clima é de insatisfação por conta de uma proposta aquém das expectativas.

Os profissionais já avisaram que o caos poderá se instalar nos hospitais públicos, principalmente, nas emergências no final de semana. Em suas intervenções em plenário, os médicos destacaram a falta de sensibilidade, compromisso e de decisão política do Governo de Pernambuco em solucionar o problema que vem se agravando no dia-a-dia.

Melhores condições de trabalho, salários dignos e estruturação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos [PCCV] são as principais exigências dos profissionais vinculados ao Estado. A Pauta de Reivindicações foi apresentado desde o dia 03 de março deste ano.

Para esta sexta-feira (20.07) está marcada uma reunião da Comissão de Mobilização dos hospitais públicos, às 13h, na sede do Simepe. Avenida João de Barros, Boa Vista.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
TEXTO & FOTO: Chico Carlos, da Assessoria de Imprensa do Simepe.

CLIPPING:

Folha de Pernambuco
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_clipping_ler.php?cd_clipping=9895

Jornal do Commercio
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_clipping_ler.php?cd_clipping=9884