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Cremepe apresenta resultado de fiscalização no IML

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) divulgou na manhã desta quarta-feira (17), durante entrevista coletiva, um relatório de fiscalização sobre as condições de atendimento no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

Elaborado após uma visita feita ao IML no último dia 11, o documento aponta precárias condições de funcionamento do instituto, agravadas pelo acidente do último dia 31 de maio com o voo 447 da Air France. “O IML tem deficiências estruturais graves, como de pessoal e de materiais. Era nosso dever fazer essa vistoria”, afirma André Longo, presidente do Cremepe.

De acordo com André Longo, o acidente com o Airbus alterou por completo a rotina do IML do Recife, o que acabou prejudicando a população pernambucana. “A gente sabe que não vai ser em um estalar de dedos que será resolvida a crise no IML. Essa questão vem sendo tratada de foma inadequada durante vários governos”, diz.

Durante a fiscalização, o Cremepe visitou a unidade anexa do IML, que está funcionando provisoriamente na antiga Vila Militar. No local, segundo o relatório, estão sendo atendidas em condições precárias as vítimas que necessitam de perícia sexológica e traumatológica. “Há mais de oito anos que existem denúncias contra o IML. Esse estado de calamidade não é de agora”, afirma Reginaldo Inojosa, médico legista e presidente da câmara técnica de medicina legal do Cremepe.

No dia da visita ao IML, ainda segundo o relatório, os dois únicos consultórios do local apresentavam diversos problemas estruturais, como infiltrações, vazamentos e mofo. “O que chama atenção é o prejuízo causado à população do Recife. Deve-se criar um esquema paralelo para não prejudicar a rotina da cidade”, diz Railton Bezerra de Melo, presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal (ABML).

Após a conclusão do relatório, o Cremepe enviou sugestões à Secretaria de Defesa Social (SDS), responsável pelo IML, para que fossem corrigidos os problemas apontados durante a visita ao instituto. Entre as sugestões estão a divisão da sala de necropsia do IML do Recife para as necropsias oriundas da região metropolitana e das vítimas do acidente aéreo, além da aquisição de um contêiner frigorífico para o armazenamento de corpos em locais não putrefeitos.

“Vivemos mais um faz-de-conta. Isso nos preocupa porque toda vez que acontecer uma catástrofe a população de Pernambuco continuará sendo discriminada”, diz Antônio Jordão, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). “Sucessivos governos negligenciaram o IML”, completa André Longo.

Relatório do Cremepe No Iml

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Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: JC Online.

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