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Médicos de Caruaru param atividades por 48 horas

Os médicos da rede municipal de Caruaru, decidiram em Assembleia Geral, na noite de ontem (16), paralisar as atividades por 48 horas de advertência. O movimento será realizado amanhã (18) e sexta-feira (19). Ficarão sem atendimento os Postos de Saúde da Família (PSFs) e os ambulatórios. A decisão foi tomada depois que as reivindicações feitas pela categoria médica não foram aceitas pela Secretaria de Saúde de Caruaru.

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) exigiu melhores condições de trabalho, programa de educação continuada, contratação de novos profissionais, reajuste salarial, entre outras reivindicações. O pedido encaminhado à Secretaria de Saúde, em relação aos vencimentos, foi da seguinte forma: R$ 3.366 para quem trabalha nos ambulatórios, R$ 5.500 plantonistas, R$ 7.040 no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e R$ 11.012 para os que atuam nos PSFs.

MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO

Por sua vez, a secretaria municipal de saúde ofereceu: R$ 2.200 para os profissionais dos ambulatórios, R$ 3.700 nos plantões, R$ 3.850 nos SAMU e R$ 6.000 nos PSFs. “A população tem que ficar consciente que não estamos brigando apenas por salários. Precisamos ter melhores condições de trabalho, pois só dessa forma poderemos atender de maneira digna nossos pacientes”, comentou o representante do Simepe, em Caruaru, Marcos Bezerra. Ele informou ainda que a Secretaria de Saúde sugeriu um acréscimo de R$ 150,00 aos profissionais do SAMU, o que a categoria achou absurdo. Os médicos mantiveram a proposta integral feita inicialmente há quase um mês.

A continuação das negociações foi apoiada até pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), André Longo. “Está claro que podemos ir mais além nessas negociações. Vocês não podem aceitar essa proposta da secretaria, pois ela é ridícula, principalmente no que se refere à gratificação que querem dar aos médicos do SAMU”, disse.

Além da paralisação, os médicos vão realizar, na sexta-feira (19), às 9h, uma caminhada, que sairá do Posto de Saúde Bom Jesus até a unidade de saúde Manoel Afonso. “A luta dos médicos é por uma recomposição de salário. Nós já perdemos muito ao longo da história da nossa profissão. Estamos lutando por esse reajuste, e temos a consciência de que ele não é ainda o ideal”, esclareceu o presidente do Simepe, Antônio Jordão.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Folha de Pernambuco (17.06.2009).