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Saiba como prevenir acidentes com fogo

Período junino fica em primeiro lugar em número de pessoas vítimas de queimaduras

Todo São João o cenário se repete. As fogueiras são acesas nas ruas e os fogos de artifício ganham os ares. Apesar da beleza, tantas as fogueiras como os fogos podem representar riscos, principalmente para as crianças, que podem pisar nas cinzas ainda quentes ou se acidentar na hora de soltar os rojões. “Não existem fogos de artifício inocentes. Todos são potencialmente danosos à nossa integridade física, à nossa saúde”, alerta o cirurgião plástico Marcelo Borges.

Segundo Borges, o mês de junho é o período do ano no qual é registrado o maior número de pessoas vítimas de queimaduras – outros meses com grandes incidências são os das férias escolares. “Potencialmente, todos os fogos de artifício são perigosos. Vamos dar o exemplo do traque de massa. Aparentemente, ele é inofensivo, mas é muito difícil uma criança manusear apenas um traque de massa. Há um somatório da carga de pólvora que torna esses fogos de artifício tão perigosos quanto bombas ou rojões”, revela o médico.

“O ideal – do ponto de vista médico – é que as pessoas não manuseassem fogos de artifício e nem acedessem fogueiras. O que precisamos é conciliar o aspecto cultural com os cuidados básicos que precisam ser tomados quando do manuseio de fogos de artifício e fogueiras”, explica Borges.

Alguns cuidados que podem ser tomados para evitar que queimaduras – no caso de fogos de artifício – ocorram são: não segurar os fogos de artifício com as mãos; não tentar acender os fogos que falharem; disparar os fogos apenas ao ar livre e um de cada vez; não deixar as crianças manusearem os produtos; evitar soltar os fogos perto de hospitais ou sob a copa de árvores; conferir o certificado de garantir do produto; e nunca associar bebida alcoólica ao uso de fogos.

Em caso de queimadura, a região afetada deve ser lavada com água corrente ou soro fisiológico e protegida com uma compressa úmida. Nada de aplicar creme dental, borra de café ou outras receitas caseiras, que apenas pioram o quadro (provocando infecções, por exemplo).

Como os tecidos atingidos costumam inchar, é fundamental retirar anéis, pulseiras e relógio. Sangramentos podem ser estancados envolvendo-se o local com pano limpo úmido. O paciente deve ser levado ao médico imediatamente, pois somente o profissional pode fazer uma avaliação completa do quadro e determinar o tratamento correto.

Cerca de 70% dos atendimentos envolvendo acidentes com fogos de artifício são de queimaduras – 20% correspondem a lesões com cortes e 10% a amputações dos membros superiores. Os maiores atingidos são homens com idade entre 15 e 50 anos e crianças de quatro a 14 anos.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Brava Comunicação.