Pesquisar
Agendar Atendimento Presencial

Serviços

ver todos

Combate ao crack é novo foco do Disque-Denúncia

ONG, que faz 10 anos amanhã, incentivará a população a denunciar pontos de venda da droga. Em 2005, o serviço recebeu 136 ligações sobre comércio do entorpecente e, no ano passado, foram 1.250

A Organização Não-Governamental (ONG) Disque-Denúncia chega, amanhã, aos 10 anos de atividade em Pernambuco com foco no combate à epidemia do crack. A prioridade para este ano é mobilizar a população, por meio de campanhas, a denunciar locais onde a droga está sendo comercializada para que o serviço possa passar informações às Polícias Civil e Militar. Levantamento da ONG aponta que, de 2005 para cá, o número de denúncias em relação ao crack cresceu rapidamente. Em 2005, o Disque-Denúncia recebeu 136 ligações apontando prováveis pontos de comércio da droga. No ano passado, foram 1.250.

“O crack realmente é o nosso grande desafio este ano. O Disque-Denúncia pretende atuar como um canal direto da população na luta contra o crack. Convocamos a sociedade para que repasse, de imediato, qualquer informação que ajude a localizar pontos de venda e distribuição da droga. Além das denúncias, estamos engajados no programa lançado pelo governo”, explicou a coordenadora do Disque-Denúncia em Pernambuco, Carmela Galindo. Só neste ano, até o mês de maio, 400 ligações sobre crack foram feitas.

Em uma década, a ONG, que sobrevive por meio de doações de empresas privadas e parcerias com o governo do Estado, reuniu mais de 300 mil informações repassadas pela população. “Nosso desafio é continuar trabalhando com a mesma lisura. São 300 mil informações sem que nenhum denunciante tenha sofrido qualquer prejuízo.” O maior trunfo do programa é a garantia de anonimato às pessoas que denunciam. “No começo, enfrentamos algumas dificuldades. As pessoas tinham um certo receio. Mas, com o tempo, a sociedade passou a sentir segurança. No começo, recebíamos 30 ligações por dia. Hoje, são 140.”

Nestes 10 anos, depois de informações repassadas pela entidade às Polícias Civil e Militar, 3.762 pessoas acabaram presas em Pernambuco, além de 500 armas de fogo e 400 quilos de droga apreendidos. Diagnóstico realizado pela ONG mostra que, do total de denúncias, a maior parte é em relação ao uso ou posse de armamentos. Essa tipificação penal engloba 30% das ligações, seguida de tráfico de drogas (17%) e violência doméstica (14%). No Estado, a organização funciona com duas centrais: uma no Recife e outra em Caruaru, no Agreste. “Temos 36 funcionários no Recife e 10 em Caruaru.”

RECOMPENSAS

Recentemente, o Disque-Denúncia ofereceu recompensa para quem desse informações sobre o paradeiro do homem suspeito de assassinar o estudante universitário Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, assassinado a tiros no dia 6 de fevereiro, na comunidade da Vila Santa Luzia, na Torre, na Zona Oeste do Recife. No fim do mês passado, o presidiário foragido João Guilherme Nunes da Costa, 28, suspeito do assassinato, foi preso.

Agora, a campanha da vez é para tentar ajudar a polícia localizar o comerciante José Ramos Lopes Neto, 47, assassino confesso da mulher dele na época, Maristela Just, e condenado também pela tentativa de homicídio contra o cunhado, Ulisses Just, e os filhos, Nathália e Zaldo Just. José Lopes teve a prisão preventiva decretada este mês e encontra-se foragido. O crime ocorreu em abril de 1989. O Disque-Denúncia oferece R$ 3 mil para quem prestar informações para que a polícia consiga localizá-lo.

Ao longo dos anos, foram várias campanhas. “Temos uma verba específica para recompensas. Cada caso é um caso. Não existe um valor fixo”, diz Carmela Galindo. Uma das campanhas de maior sucesso foi lançada em abril de 2001. Acusado de liderar uma quadrilha de assaltantes com atuação na Região Metropolitana do Recife, John Caetano Rodrigues, o Jones, foi preso no mesmo ano com ajuda da entidade. Em 2004, após informações repassadas pela ONG, a polícia conseguiu capturar José Emídio dos Santos Filho. Ele era apontado como um dos maiores assaltantes de bancos e carros-fortes.

As denúncias podem ser feitas pelos telefones (81) 3421.9595, no Recife e Região Metropolitana, e (81) 3719.4545, no interior do Estado.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Jornal do Commercio.

230 visualizações

Privado: Combate ao crack é novo foco do Disque-Denúncia

ONG, que faz 10 anos amanhã, incentivará a população a denunciar pontos de venda da droga. Em 2005, o serviço recebeu 136 ligações sobre comércio do entorpecente e, no ano passado, foram 1.250

A Organização Não-Governamental (ONG) Disque-Denúncia chega, amanhã, aos 10 anos de atividade em Pernambuco com foco no combate à epidemia do crack. A prioridade para este ano é mobilizar a população, por meio de campanhas, a denunciar locais onde a droga está sendo comercializada para que o serviço possa passar informações às Polícias Civil e Militar. Levantamento da ONG aponta que, de 2005 para cá, o número de denúncias em relação ao crack cresceu rapidamente. Em 2005, o Disque-Denúncia recebeu 136 ligações apontando prováveis pontos de comércio da droga. No ano passado, foram 1.250.

“O crack realmente é o nosso grande desafio este ano. O Disque-Denúncia pretende atuar como um canal direto da população na luta contra o crack. Convocamos a sociedade para que repasse, de imediato, qualquer informação que ajude a localizar pontos de venda e distribuição da droga. Além das denúncias, estamos engajados no programa lançado pelo governo”, explicou a coordenadora do Disque-Denúncia em Pernambuco, Carmela Galindo. Só neste ano, até o mês de maio, 400 ligações sobre crack foram feitas.

Em uma década, a ONG, que sobrevive por meio de doações de empresas privadas e parcerias com o governo do Estado, reuniu mais de 300 mil informações repassadas pela população. “Nosso desafio é continuar trabalhando com a mesma lisura. São 300 mil informações sem que nenhum denunciante tenha sofrido qualquer prejuízo.” O maior trunfo do programa é a garantia de anonimato às pessoas que denunciam. “No começo, enfrentamos algumas dificuldades. As pessoas tinham um certo receio. Mas, com o tempo, a sociedade passou a sentir segurança. No começo, recebíamos 30 ligações por dia. Hoje, são 140.”

Nestes 10 anos, depois de informações repassadas pela entidade às Polícias Civil e Militar, 3.762 pessoas acabaram presas em Pernambuco, além de 500 armas de fogo e 400 quilos de droga apreendidos. Diagnóstico realizado pela ONG mostra que, do total de denúncias, a maior parte é em relação ao uso ou posse de armamentos. Essa tipificação penal engloba 30% das ligações, seguida de tráfico de drogas (17%) e violência doméstica (14%). No Estado, a organização funciona com duas centrais: uma no Recife e outra em Caruaru, no Agreste. “Temos 36 funcionários no Recife e 10 em Caruaru.”

RECOMPENSAS

Recentemente, o Disque-Denúncia ofereceu recompensa para quem desse informações sobre o paradeiro do homem suspeito de assassinar o estudante universitário Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, assassinado a tiros no dia 6 de fevereiro, na comunidade da Vila Santa Luzia, na Torre, na Zona Oeste do Recife. No fim do mês passado, o presidiário foragido João Guilherme Nunes da Costa, 28, suspeito do assassinato, foi preso.

Agora, a campanha da vez é para tentar ajudar a polícia localizar o comerciante José Ramos Lopes Neto, 47, assassino confesso da mulher dele na época, Maristela Just, e condenado também pela tentativa de homicídio contra o cunhado, Ulisses Just, e os filhos, Nathália e Zaldo Just. José Lopes teve a prisão preventiva decretada este mês e encontra-se foragido. O crime ocorreu em abril de 1989. O Disque-Denúncia oferece R$ 3 mil para quem prestar informações para que a polícia consiga localizá-lo.

Ao longo dos anos, foram várias campanhas. “Temos uma verba específica para recompensas. Cada caso é um caso. Não existe um valor fixo”, diz Carmela Galindo. Uma das campanhas de maior sucesso foi lançada em abril de 2001. Acusado de liderar uma quadrilha de assaltantes com atuação na Região Metropolitana do Recife, John Caetano Rodrigues, o Jones, foi preso no mesmo ano com ajuda da entidade. Em 2004, após informações repassadas pela ONG, a polícia conseguiu capturar José Emídio dos Santos Filho. Ele era apontado como um dos maiores assaltantes de bancos e carros-fortes.

As denúncias podem ser feitas pelos telefones (81) 3421.9595, no Recife e Região Metropolitana, e (81) 3719.4545, no interior do Estado.