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Ação marca o Dia Nacional de Combate à Hipertensão

CapturarNa próxima terça-feira, 26 de abril, uma ação promovida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia – Pernambuco, em parceria com o Real Hospital Português e com o Centro Médico Ermírio de Moraes, vai marcar o Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Médicos e profissionais da área da saúde vão se reunir no Parque 13 de Maio, a partir das 6:30, para chamar a atenção da população para esse problema que, na última década, fez mais de 70 milhões de vítimas fatais.

As atividades vão começar às 6:30 com um aulão da equipe da Academia da Cidade. Depois de 7h às 10h, o grupo vai medir a pressão arterial, glicemia capilar da população, e repassar orientação nutricional, além da distribuição de folhetos informativos sobre o tema.

A hipertensão é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardíacas e vasculares no Brasil e no mundo. Entre 25% a 30% dos adultos do planeta apresentam elevação da pressão arterial e estima-se que menos de 10% desse imenso universo de pessoas em risco esteja em tratamento correto e contínuo. No Brasil, onde há mais de 30 milhões de hipertensos, a primeira causa de morte é o acidente vascular cerebral, seguida do infarto do miocárdio, doenças cuja principal causa é a hipertensão não controlada. Embora outros fatores de risco – como tabagismo, colesterol elevado, diabetes, obesidade, estresse e sedentarismo – sejam também importantes causas das doenças cardiovasculares, a hipertensão destaca-se entre todos.

Dados divulgados pelo serviço de saúde dos Estados Unidos da América revelam que a cada ano morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hipertensão. Cerca de 80% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, como o Brasil, e mais da metade das vítimas têm entre 45 e 69 anos. A hipertensão arterial é responsável, segundo o documento, por 54% de todos os casos de AVC e 47% dos casos de infarto, fatais e não fatais, em todo o mundo.

A hipertensão arterial é constatada quando a pressão está acima do limite considerado normal. Valores inferiores a 14 por 9 podem ser considerados normais a critério médico. Segundo o cardiologista Vanildo Guimarães, Coordenadordo Departamento de Hipertensão Arterial da SBC-PE, quem tem parentes hipertensos, está acima do peso, tem mais de 40 anos de idade, é portador de diabetes ou de outros fatores de risco para as doenças cardiovasculares (como colesterol elevado, tabagismo, estresse) deve medir a pressão regularmente e fazer a prevenção da doença, uma vez que tem maior risco de se tornar hipertenso. Já os hipertensos (pressão igual ou acima de 14 por 9) ou pessoas com a pressão arterial limítrofe (acima de 12 por 8 e inferior a 14 por 9) devem fazer controle médico periódico e seguir orientaçõesespecíficas.

Para prevenir e controlar a hipertensão, é importante fazer atividades físicas regulares, reduzir o consumo de sal da alimentação, manter o peso adequado, controlar o estresse e, se necessário, utilizar medicamentos prescritos pelo médico de forma contínua. “A maioria dos hipertensos, mesmo com hábitos saudáveis, precisa utilizar medicamentos. Os princípios ativos mais modernos não causam efeitos colaterais importantes e protegem os órgãos dos riscos da hipertensão”, complementa o médico.

Quem tem o pai ou a mãe com hipertensão tem 30% de chances de se tornar também hipertenso. Se a herança é bilateral, o risco da hipertensão vai para até 50%. “Herdamos, junto com nosso código genético, milhões de possibilidades de surgimento de doenças. No caso da hipertensão, quem é filho de hipertensodeve fazer avaliações médicas periódicas, controlar o peso, o estresse, restringir o consumo de sódio e manter uma alimentação balanceada, rica em vegetais, pois tem mais possibilidade de se tornar também hipertenso”, explica Dr. Vanildo Guimarães.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que um hipertenso, mesmo com discretas elevações da pressão, se não tratado, pode ter a expectativa de vida reduzida em até 16,5 anos. Além disso, o hipertenso não controlado tem maior chance de sofrer infartos do coração, derrames cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, impotência sexual e até demência cerebral, entre outras complicações nem sempre fatais, mas que podem alterar significativamente a qualidade de vida.