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ONU e Fiocruz debatem nova pesquisa sobre impacto socioeconômico da epidemia de zika

Foto: EBC

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Em Recife, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Pernambuco promoveu em sua sede, nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, o workshop “Impactos Sociais e Zika”. Segundo o instituto de pesquisa, 70% dos casos de microcefalia diagnosticados no contexto da epidemia de zika foram registrados entre gestantes vivendo na extrema pobreza. Com a participação da ONU Mulheres, encontro debateu os aspectos de uma nova pesquisa que abordará o custo humano da epidemia.

Em Recife, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Pernambuco promoveu em sua sede, nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, o workshop “Impactos Sociais e Zika”. Com a participação da ONU Mulheres, o encontro debateu os aspectos de uma nova pesquisa que abordará o custo humano da epidemia, associada a um aumento no número de casos de microcefalia e outras malformações congênitas.

O evento reuniu especialistas da FIOCRUZ, da London School, da Universidade Federal de Pernambuco e do Instituto Fernandes Figueira, que puderam discutir as questões do novo estudo com representantes de organizações não governamentais e de movimentos sociais.

A Fundação Oswaldo Cruz aponta que, embora os casos da síndrome congênita do zika (SCZ) não se restrinjam a determinada classe social, pessoas que vivem na extrema pobreza são as mais atingidas pela epidemia, com 70% dos casos de microcefalia registrados nesta camada da população.

No Brasil, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 35 milhões de brasileiros não têm água encanada, mais de 100 milhões não têm acesso a redes de esgoto e mais de 8 milhões de moradores de zonas urbanas não contam com coleta de lixo regular.

A FIOCRUZ assinala ainda que, devido à velocidade, amplitude e gravidade dos casos de SCZ, a maior parte dos estudos sobre zika desenvolvidos ao longo de 2016 concentraram suas investigações nos aspectos clínicos e epidemiológicos da doença.

O objetivo do novo estudo — chamado “Impactos sociais e econômicos do vírus zika no Brasil” — é melhorar estratégias de prevenção e cuidado, bem como contribuir para a elaboração de políticas públicas culturalmente adequadas.

Financiada pela fundação do Reino Unido Wellcome Trust, a pesquisa terá duração de um ano, contado a partir do workshop, e será realizada em Recife e no Rio Janeiro.

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