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A Alma Que Grita!

*Gustavo Figueirêdo

Em janeiro é celebrada a Campanha de Conscientização sobre a Saúde Mental. Sim! Sobre Saúde Mental. E não sobre Doença Mental – O Janeiro Branco.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): “Saúde é o nosso bem-estar Bio-Psíquico-Social e Espiritual”. Ou seja, é nos permitirmos estar bem diante dessas quatro esferas existenciais.

            Nos últimos tempos, gradativamente, vem aumentando e muito, as doenças psicossomáticas. É o nosso corpo gritando, através de algum órgão somatizado ou adoecido, que algo não vem bem. Muitas vezes, essa somatização se dá por uma porta de entrada chamada: mente humana.

            A mente, em boa parte da existência humana, habita-se como inquilina da imaginação. Sim, inquilina! E não proprietária da imaginação. O ser proprietário tem mais autonomia, mais poder administrativo existencial; simplesmente por ser digno de poder, autonomia e realizações. Quando não temos autonomia do nosso ser, muitas vezes quem toma posse são as angústias e as depressões existenciais. Trazendo como sequela o adoecimento orgânico.

            É comum aos portadores da Síndrome do Pânico (doença psicossomática), por exemplo, quando estão diante de uma crise de pânico, recorrerem a uma urgência cardiológica. Tendo como consideração, o aceleramento cardíaco, como uns dos sintomas a aflorar. Lá(urgência) é realizada baterias de exames, onde ao final, a “medicina maquinacista”, muitas vezes, dá como resultado a ausência de lesões cardiovascular.

Os “sintomas” eles surgem, mas as causas estão embutidas no histórico de vida da pessoa. E por se tratar de doenças psicossomáticas, o ideal é combater as causas, pelas vias da compreensão, e não os sintomas. Porque os sintomas, uma vez combatidos, poderão voltar.

Quando não conseguimos compreender aos males que surgem em nossas vidas, o interessante é pedirmos ajuda. E aí nada que um acompanhamento psicoterapêutico, bem embasado, que não venha nos ajudar.

O resgate de uma qualidade de vida proporciona ao ser, o ir e vir dos seus desejos emocionais. Permitindo-o realizações, onde até então não mais conquistadas. Desta maneira, as doenças emocionais, incessantemente, vêm para nos proporcionar mudanças de estilos de vida.

Por conseguinte, segundo Søren Aabye Kierkegaard, filósofo dinamarquês, definiu o homem estético como sendo subordinado ao diabo do desejo. As questões sociais, usualmente, nos estimulam, muito, para encapar esse tipo de homem. E aí passemos despercebidos ao ingresso desse tipo de personalidade. Haja vista, a sede pela cultura do ter, no lugar do ser, nos possibilita a isso. Conhecida como a famosa Geração Materialista.

Por fim, a ciência, hoje em dia, vem tirando o chapéu para o avanço da Esfera Espiritual. Cada vez mais, testemunhos, através das suas acuidades sensoriais, vêm demonstrando os benefícios que as vivências espirituais proporcionam. Desintoxicando através das portas mentais, muitas enfermidades orgânicas.

No entanto, caro leitor, sermos imagem e semelhança de Deus ou Divino, ou como queira denominá-LO; não é a mesma coisa de sermos de fato. Ficando-nos de posse de um ser não perfeito. A imperfeição é prerrogativa do ser humano. E por ser prerrogativa, eis a questão! Como anda o seu bem-estar Bio-Psíquico-Social e Espiritual?

*Gustavo Figueirêdo – Especialista em Saúde Mental e Psicólogo Clínico