Neste domingo, 16 de maio, é celebrado o dia do médico geriatra. Este especialista é responsável por cuidar da saúde do idoso e orientar formas de prevenir o surgimento de doenças, bem como ajudar o paciente a obter um envelhecimento saudável. No entanto, com o surgimento da pandemia de COVID-19, os idosos tornaram-se o grupo de risco mais vulnerável para o agravamento da infecção causada pelo novo coronavírus, representando 73% das vítimas fatais da doença em 2020.
Com o objetivo de chamar atenção à saúde da pessoa idosa em meio à pandemia de COVID-19, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) entrevistou o coordenador da Câmara Técnica de Geriatria, Lucas Gomes . “Os idosos apresentam mudanças fisiológicas ao longo do tempo, incluindo o envelhecimento do sistema imunológico e alterações no sistema respiratório dificultando a resposta do organismo à COVID-19. A população idosa também apresenta maior número de comorbidades, como hipertensão e diabetes, que são fatores de risco para agravamento da saúde”, explica o geriatra.
Assim, por serem do grupo de risco, os idosos foram escolhidos como um dos grupos prioritários para receber a imunização, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19. Um estudo recente realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, mostra que caiu pela metade a proporção de mortes de idosos com 80 anos ou mais no Brasil após o início da vacinação contra a doença. Em 2020 a taxa de mortalidade era de 25% a 30% e passou para 13% no final do último mês de abril. Quando a vacinação começou, em janeiro deste ano, o percentual era de 28%.
Para o especialista, a imunização foi essencial para que os idosos estejam menos vulneráveis à mortalidade pela infecção. “A imunização é um fator importante para redução de pessoas idosas infectadas e, como consequência, observamos uma redução da mortalidade nesta faixa etária. É importante frisar que esta não é a única medida para reduzir mortalidade. Manter a alimentação saudável e o controle das doenças pré-existentes, além da manutenção dos cuidados sanitários contra a COVID-19 contribuem na prevenção de complicações na saúde”, afirma.
Ainda de acordo com o geriatra, mesmo vacinados, os idosos devem manter os cuidados sanitários contra a COVID-19. “Todos devem manter distanciamento social, evitar aglomerações, usar máscaras de forma apropriada e higienizar as mãos. Assim, eles se protegem e contribuem para não disseminar o vírus”, reforça Lucas.
Edição: Joelli Azevedo