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Cremepe fiscaliza Hospital da Mulher do Recife

O médico fiscal Sylvio Vasconcellos e a conselheira do Cremepe Verônica Cisneiros, fiscalizaram o Hospital da Mulher do Recife (HMR), localizado no bairro do Curado, Região Metropolitana do Recife, na manhã desta segunda-feira (14/02). A vistoria foi motivada por uma denúncia do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) a respeito da sobrecarga de trabalho e déficit de escala médica. A unidade da Prefeitura do Recife é administrado pelo HCP Gestão, uma organização social de saúde do Hospital de Câncer de Pernambuco, através de um contrato de gestão. O relatório do Cremepe será encaminhado à gestão do serviço para as devidas providências e serviu de base para a audiência da autarquia com o Ministério Público do Estado.

A equipe do Cremepe passou também pelos setores da triagem, sala de observação, centro de parto normal, pré-parto, parto e puerpério, bloco cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e estar médico. Na oportunidade, foram observados problemas relacionados à falta de material adequado como látex, escova de assepsia, coletor de sonda vesical e de medicamentos como ocitocina entre outras. Também foi identificado o número superior de pacientes em relação a quantidade de leitos nas salas de observação e repouso do paciente pós parto.

O hospital conta com 152 leitos, e tem a média de aproximadamente 500 partos ao mês, sendo 55% de parto normal e 45% de cesárea. De acordo com a gestão do HMR estima-se que 33% dos pacientes sejam de Recife, e 66% de outros municípios. A unidade também realiza atendimentos a pacientes infectados pela COVID-19.

No momento da vistoria haviam 139 pacientes, e a escala médica era composta por quatro obstetras e dois anestesistas, o que não atende a demanda do serviço. De acordo com a diretoria da unidade, a escala está desfalcada porque atualmente 10 obstetras estão afastados, sendo cinco por estarem gestantes, três no período de férias e dois com atestado médico. Segundo os plantonistas da unidade a escala ideal seriam de cinco obstetras por plantão.

Ainda na vistoria, o médico fiscal também identificou três pacientes na SRPA e quatro pacientes medicadas com sulfato de magnésio em macas no bloco cirúrgico, quando deveriam estar na Unidade de Terapia Intensiva. Outro problema relatado pelo corpo clínico é que alguns pacientes acabam reagindo negativamente com os médicos pelas dificuldades do atendimento, principalmente pela demora excessiva. Os profissionais relatam que não se sentem seguros, inclusive recebem ameaças por parte de acompanhantes.