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Cremepe promove Simpósio de Cuidados Paliativos: Cannabis Medicinal – Como eu faço?

A Câmara Temática de Cuidados Paliativos do Cremepe, com o apoio da Escola Superior de Ética Médica (ESEM), promoveu, nos dias 29 e 30 de abril, o Simpósio de Cuidados Paliativos: Cannabis Medicinal – Como eu faço? – voltado para profissionais de saúde. O evento foi realizado na sede do Conselho, localizada no bairro do Espinheiro, zona norte do Recife.

No primeiro dia do Simpósio a moderação foi da geriatra, Fátima Knappe com apresentação de André Filipe Junqueira, também geriatra, que foi presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2019-2020). Na oportunidade, o especialista trouxe uma linha do tempo que mostrou a evolução e das regras para prescrição, consumo e importação do Cannabis utilizado para fins medicinais ao longo dos anos além de pontuar precauções, fatores de risco e possíveis efeitos colaterais a curto e longo prazo do uso da substância. O especialista pontuou ainda a importância das orientações para pacientes e familiares. “Converso com o familiar do paciente sobre o uso do canabidiol como tratamento adjuvante para controle do quadro de síndrome demencial e informo que alguns estudos sugerem que o canabidiol pode melhorar os sintomas apresentados. Explico ainda que o tratamento não é isento de riscos ou agravos à saúde, informando quais os efeitos indesejáveis mais observados”, afirmou Junqueira.

“Nós temos o compromisso ético de conhecer, saber e estudar as evidências, segurança e limitações desse tratamento. Acima de tudo é preciso ter coragem de aceitar os desafios e falar sobre isso e sabermos até onde podemos ir. Não podemos esquecer jamais da nossa missão que é cuidar das pessoas”, destacou a secretária geral do Cremepe, e também geriatra, Zilda Cavalcanti.

No segundo dia do evento, a palestra foi apresentada por Arthur Lopes, médico neurocirurgião, formado pela Universidade de Pernambuco, Neurocirurgião pelo Hospital das Clínicas USP e também especialista em Neurocirurgia Funcional e Dor pelo Hospital das Clínicas USP. A moderação foi realizada por Receba Gonelli, anestesiologista e especialista em Cuidados Intensivos pelo IMIP. O foco do segundo módulo do encontro foi o tratamento da dor crônica por meio dos canabinoides. Durante a sua apresentação, Arthur Lopes pontuou dados relevantes sobre a temática, como o fato de 90% dos pacientes que procuram as emergências têm queixas álgicas e que 30% da população sofre com a dor crônica. “No que diz respeito aos pacientes oncológicos, estudos apontam que até 80% deles não têm o tratamento para controle de dor adequado”, destacou o especialista. O médico elencou, ainda, quais pontos devem ser pensados pelos profissionais que trabalham no manejo da dor, são eles: sofrimento; emoções; pensamentos, sensação de dor, sensibilização, genética, epigenética, neuromodulação, nocicepção ou neuropatia dolorosa.

O simpósio foi transmitido ao vivo através do canal do Conselho no Youtube e está disponível na plataforma:

Dia 1: https://www.youtube.com/watch?v=CorMm17LJ6k

Dia 2: https://www.youtube.com/watch?v=ou-qOpNqzJ4&t=5s