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Visita a Fernando de Noronha foi positiva

O trabalho da equipe da Caravana Cremepe/Simepe na ilha de Fernando de Noronha terminou nesta terça-feira (03.06). Segundo o coordenador da Caravana, Ricardo Paiva, os resultados são positivos. “O hospital aqui de Fernando de Noronha está em ordem e as pessoas que moram na ilha gostam do lugar e da vida que levam. Isso é um resultado muito positivo”.

Também foram realizadas entrevistas com os gestores de saúde, representantes de conselhos (saúde e tutelar) e com o administrador do arquipélago. “Nós já havíamos visitado todos os municípios de Pernambuco entre 2005 e 2008, mas faltava Fernando de Noronha. Agora o trabalho da Caravana está concluído”, finaliza o coordenador.

A equipe viajou com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que forneceu o transporte do grupo até a ilha.

RELATÓRIO – Caravana chega a Noronha

São 3.500 pessoas que se conhecem, vivendo em uma Ilha (vulcão extinto) que é um santuário ecológico, a duas horas de vôo do Recife. Sua BR tem 8km de extensão, possuindo a Ilha, de uma ponta a outra, 18 km de distância. Setenta por cento do território de Noronha é Parque Nacional e os outros 30% é Área de Preservação Ambiental (APA), seu IDH de 0,862 é o mais elevado de Pernambuco e o 10º do Brasil. O abastecimento dágua cobre 87% da população, porém só chega água potável a cada 4 dias proveniente do mar por um dessalinizador. O botijão de água mineral de 20 litros custa R$ 20,00. A coleta de lixo é de 100%, sendo todo reciclado na própria Ilha.

Existe um PSF que tem a cobertura de 100% e um hospital de boa qualidade, havendo até telemedicina para a realização e interpretação de ECG. Duas médicas e três plantonistas fazem o atendimento, entretanto, infarto, traumas ou patologias graves são encaminhados ao continente, mas há uma espera de 14 horas, em média, para o atendimento aos pacientes, já que não existe avião de plantão. Tivemos a sensação de que não podemos infartar ou fraturar-se.

A mortalidade infantil é baixa e a esperança de vida ao nascer é de 75 anos. Não há assaltos. Abuso sexual é muito raro, mas o alcoolismo e a violência contra a mulher são elevados, tendo a mulher medo de denunciar. O consumo de drogas é muito alto (maconha, ecstasy, crack). Não há desemprego, nem Bolsa-Família, mas o custo de vida é altíssimo.

Estudos mostram que a Ilha só comporta cinco mil pessoas, no limite máximo, sendo 3.500 habitantes e 1.500 visitantes. Dessa forma, para morar em Noronha, tem que se enquadrar em três setores:

a) Ser casado com alguém da Ilha;
b) Ser empregado pela Administração da Ilha;
c) Pagar R$ 3 mil de taxa de permanência ao mês.

O direito de ir e vir não existe. A vida é carrissíma. Há algo de alegre e mágico nessa Ilha. Há algo de triste também. Melhor se ali fosse totalmente Área de Parque Nacional com visitação controlada e limitada, do contrário, interesses comerciais, com o crescimento desordenado, trarão agressão ambiental àquele lugar mágico. O paraíso que pertence a Pernambuco não pode conceder a coexistência com o humano que, em seu crescimento e evolução, são os maiores predadores da terra.

Conheça o resultado dos quatro anos da Caravana no hotsite http://hotsite.cremepe.org.br/caravana_do_cremepe/

Leia mais sobre a Caravana nos links:
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2019
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2187
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2075
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2063
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2059

http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2047
http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2043

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.