Prefeitura do Recife oficializou este mês fim das atividades dos 352 leitos do Hospital Psiquiátrico de Pernambuco, Boa Viagem
A Secretaria de Saúde do Recife oficializou este mês o fim das atividades de mais um manicômio na cidade. Os 352 leitos do Hospital Psiquiátrico de Pernambuco (HPP), em Boa Viagem, Zona Sul, foram fechados ao longo do ano passado. De acordo com a prefeitura, o número de interna-ções psiquiátricas em gestão municipal na capital caiu de 11.289 para 4.112.
O secretário Gustavo Couto explicou, ontem, que a rede substitutiva, em adequação à reforma psiquiátrica, foi ampliada para atender à necessidade. A rede conveniada sob gestão do município ainda tem 443 leitos.
Para este ano, Couto anuncia quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para transtorno mental funcionando 24 horas, três a oito novas residências terapêuticas, além da criação de quatro consultórios de rua para dependentes químicos e quatro novos albergues terapêuticos. “Também discutimos com o Ministério da Saúde a implantação de residência terapêutica com cuidados intensivos para pacientes mais complexos”, afirma.
Conforme o secretário, em 2011 foram criadas sete novas residências terapêuticas, o que elevou o número total para 22 na cidade. Esses espaços acolhem 157 moradores que não conseguiram voltar para suas famílias depois da desospitaliza- ção.
Dos mais de 300 doentes que estavam internados no HPP, 170 retornaram a suas casas. Um grupo de 55 ainda está em processo de desospitalização. Um imóvel foi alugado e equipes do HPP, com supervisão da Secretaria Municipal de Saúde, dão assistência aos pacientes. “Gradativamente, eles serão encaminhados para as residências terapêuticas”, diz Gustavo Couto.
Outros 60 pacientes psiquiátricos, que ainda não tinham condições de total socialização, foram transferidos para outra clínica psiquiátrica conveniada ao SUS. “Cada um deles tem projeto individual terapêutico”, afirma o secretário, lembrando que se trata de uma etapa transitória. O Recife conta hoje com sete Caps para transtornos mentais, além de três reservados a crianças e seis voltados ao tratamento de dependentes de álcool, crack e outras drogas.
Da Assessoria da Comunicação do Cremepe.
Fonte: Jornal do Commercio.
