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Câmara Técnica do Cremepe realiza Simpósio sobre Dependência Química

A Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) deu início, na manhã de sexta-feira (10), ao Simpósio “Dependência Química: Atualidade”, no auditório da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), no bairro da Boa Vista. A abertura do evento contou com a presença da presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, da presidente da Associação Médica de Pernambuco (Ampe), Silvia da Costa Carvalho e de Fernando Cabral, vice presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

A primeira palestrante do dia foi a professora Ana Cecília Marques, que falou sobre “Política Nacional de Drogas – Realidade e Perspectivas”.

No período da tarde a programação seguiu com a abordagem, em mesa redonda, sobre Dependência Química: Experiência Assistencial em Pernambuco, também coordenada por Ana Cecília Marques. Na sequência, Alda Roberta Campos, assessora da Secretaria Estadual de Saúde e integrante do programa de redução de danos – “Mais Vida”, da Prefeitura do Recife, apresentou a rede de atenção às pessoas que usam drogas em Recife. “A proposta que temos trabalhado é voltada para os Centros de Atenção Psicossocial (CAP´s), trabalhando em conjunto com as “casas do meio do caminho”, dedicadas ao internamento, além dos consultórios de rua, que é uma proposta de ir até o usuário de drogas, levando o serviço até eles” detalhou.

Um dos conferencistas mais aguardados foi o médico psiquiatra, Halmer Palhares, que trouxe em sua palestra a experiência do Conselho Regional de Medicina de São Paulo no trato com a dependência química em médicos. “Temos um serviço específico para atendimento do médico que começou em 2002 e é voltado à reintegração do profissional que tem problemas com dependência química e de saúde mental. Em 10 anos atendemos cerca de 400 pacientes através de consultas e grupos de apoio, chamados multi-ajuda”, afirmou.

Palhares falou da necessidade de se criar estruturas semelhantes nos demais estados: “Nesses 10 anos, cerca de 12% dos casos que recebemos foram de outros estados. Isso indica a necessidade de se criar mais estruturas de suporte aos profissionais de medicina em todo o país”.

Ricardo Paiva, Conselheiro do Cremepe, apresentou o Projeto de Enfrentamento ao Crack, idealizado pelo CFM e trouxe dados que revelam a falta de atenção do governo para esta problemática: “A verba orçamentária dedicada a este projeto, em âmbito nacional, não tem sido suficiente, e o que é pior, o que é estipulado não é repassado em sua totalidade aos municípios, inviabilizando as ações em favor do enfrentamento”.

Na sequência Jane Lemos, membro da Câmara Técnica de Pisiquiatria e diretora da Escola Superior de Ética Médica do Cremepe falou sobre as Diretrizes Gerais de Assistência aos Usuários do Crack e o professor José Francisco de Albuquerque trouxe a experiência do NEDEC/UFPE para a sala de debates.

Para Helena Carneiro Leão, presidente do Cremepe, as discussões vivenciadas foram muito produtivas. “Acreditamos que este evento cumpriu o papel de reunir profissionais experientes em torno de uma problemática que precisa ser tratada de forma sistemática. O enfrentamento contra a dependência química é uma ação de conscientização que deve ser associada ao uso de estratégias eficientes no âmbito municipal, estadual e nacional”, afirmou.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe