O Presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Maurício Matos, e o 1º Secretário da autarquia, André Dubeux, se reuniram, na manhã desta quinta-feira (22/06), com a Secretária de Saúde do Estado (SES), Zilda Cavalcanti, com o objetivo de debater acerca do fechamento do Hospital de Retaguarda em Neurologia (HRN) e quais ações serão realizadas pela SES para garantir a assistência aos pacientes no Estado.
A reunião contou com a presença do setor jurídico da Secretaria, que passou todas as informações sobre os motivos que levaram o Governo do Estado a fechar a unidade de saúde. Entre os motivos elencados, está principalmente o fato de não haver segurança jurídica para contratualização do aluguel do imóvel. Além disso, apesar do HRN apresentar condições adequadas para atendimento dos pacientes, a estrutura não oferecia, por exemplo, laboratório 24h por dia, exames de imagens, nem hemodiálise.
Segundo Zilda Cavalcanti, a Secretaria de Saúde já vinha monitorando a situação da rede neurológica do Estado para que o fechamento não prejudicasse outros hospitais. Mesmo sendo um hospital de retaguarda, o HRN exigia um perfil de pacientes com baixa complexidade.
A SES informou que alguns leitos já foram abertos, que pacientes já foram transferidos para outros hospitais e que, até o fim do mês – quando acaba o contrato do HRN – todos os leitos já estarão disponíveis para a rede pública de saúde. Serão 20 leitos no Hospital do Tricentenário, em Olinda, 20 no Hospital De Ávila, na Madalena, e 30 no Hospital Alfa, em Boa Viagem. A Secretária assegurou ainda que, nestas unidades, os pacientes terão acesso a laboratório 24h, hemodiálise e exames de imagem, como tomografia e ressonância, disponíveis para uma melhor qualidade no atendimento.
O Cremepe entende que o fechamento do HRN é, no momento, irreversível. Mas comunicou que realizará fiscalização nas unidades indicadas com os novos leitos, para garantir a qualidade no atendimento oferecido aos pacientes neurológicos.
