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Lesões esportivas nos atletas paraolímpicos

Tema será discutido no XX Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte

O desporto paraolímpico tem conquistado um espaço cada vez maior no cenário nacional e mundial. Na Olimpíada deste ano, em Pequim, o Brasil contará com 187 vagas nos jogos paraolímpicos em 17 diferentes modalidades. São 88 vagas a mais do que na Olimpíada de Atenas e quase o triplo das conquistadas em Sidney. O Brasil terminou os Jogos Paraolímpicos de Atenas na 14ª posição geral no ranking de medalhas, melhorando 10 posições em relação a Sidney.

O desejo de superação é, sem dúvida, a grande motivação do deficiente físico para se tornar um atleta paraolímpico, mas não é a única. “Eles também usam o esporte para conviver melhor com seu problema, tirar dele algo de positivo, enaltecer a auto-estima e conquistar uma maior integração social”, acrescenta o especialista em Medicina do Esporte, Jomar Ferreira Netto, que irá presidir uma conferência sobre o tema Lesões esportivas nos atletas paraolímpicos durante o XX Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte que acontecerá de 6 a 9 de agosto, no Mar Hotel, em Boa Viagem.

As lesões esportivas nos atletas paraolímpicos são mais comuns do que nos atletas olímpicos, pois com a deficiência física a limitação na execução dos movimentos é maior. Os sentidos, tanto quanto os reflexos, podem estar comprometidos na sua intensidade de acordo com o tipo de deficiência (física, visual ou mental).

As lesões têm relação com o tipo de modalidade praticada. No atletismo, por exemplo, as mais frequentes atingem as pernas e são músculo-esqueléticas (64%). No tênis de mesa e na natação a maior incidência se dá nos membros superiores (56% e 44%). Já no halterofilismo é a coluna vertebral o segmento mais atingido (54%). De uma maneira geral e de acordo com alguns trabalhos publicados, as lesões nos atletas paraolímpicos atingem primordialmente a perna (27%), coxa (21%), joelho (16%), pé (14%), tornozelo (7%), dorso, pelve e quadril (14%). Essa disposição, no entanto, não é uma unanimidade em meio aos pesquisadores, mas serve como referência. Ao contrário do que se convencionou chamar de sexo frágil, não há qualquer relação de que as lesões são mais freqüentes nas mulheres do que nos homens nesses atletas. “O que mais se relaciona à frequência ou gravidade das lesões não é o tipo de sexo di atleta paraolímpico, mas a relação entre a deficiência e a modalidade praticada”, ressalta Jomar Ferreira Netto.

O esporte paraolímpico surgiu inicialmente na Alemanha como uma espécie de experimentação, quando foram utilizados soldados mutilados durante a guerra. Depois na Itália e por fim, ao se consolidar, nos diversos países que serviram de sede aos jogos paraolímpicos. A cada ano os equipamentos se tornam mais sofisticados, a orientação técnica fica mais aprimorada e a organização dos países participantes se aperfeiçoa mais. “Oportunizar aos deficientes o exercício de uma competição, o convívio salutar da disputa, seu caráter educativo e socializante, é dever, é obrigação, e é exemplo de cidadania, de consciência e de equilíbrio governamental” defende o especialista.

Freqüência das lesões em atletas paraolímpicos por modalidade

Atletismo – Coluna vertebral 11%; Membros superiores 09%; Membros inferiores 37%.
Natação – 38,9%; 44,4% e 16,7 %, respectivamente.
Halterofilismo – 54,5 %; 36,4% e 9,1%, respectivamente
Tênis de mesa – 32,7%; 35,8% e 31,5% respectivamente

Serviço:
XX Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte
Quando: 06 a 09 de agosto
Local: Mar Hotel, em Boa Viagem
Inscrições: cejemeventos@cejem.com.br, www.medicinadoesporte.org.br ou pelo telefone 3465.8594.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Paula Salazar – Assessora de Imprensa do XX Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte.