Apenas no Brasil, mais de um milhão de pessoas são portadoras da doença
O Alzheimer é uma doença do cérebro progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda pouco conhecidos. De início, ela atinge a memória. Progressivamente, porém, vai prejudicando outras funções mentais, levando à ausência completa de autonomia da pessoa doente. “Os doentes de Alzheimer em fase mais grave tornam-se incapazes de realizar a menor tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam quase sempre acamados”, afirma Alexandre de Mattos, geriatra do Hospital Esperança e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG-PE).
Afetando mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo – mais de um milhão apenas no Brasil –, o Alzheimer é uma doença muito relacionada à idade, estando comumente presente entre aqueles com 65 anos ou mais. E a incidência só aumenta com a idade. A estimativa de vida para os pacientes fica entre dois e 15 anos. “A causa da doença de Alzheimer ainda não está totalmente determinada. No entanto, é aceito pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares”, explica o profissional.
De início, são observados pequenos esquecimentos, perdas de memória normalmente aceitas pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento. Os sintomas, porém, vão se agravando, o paciente se torna confuso e, por vezes, agressivo, passando a apresentar alterações da personalidade. Acabam não reconhecendo os próprios familiares e a si mesmos quando colocados frente a um espelho. “À medida que a doença evolui, os idosos se tornam cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e eles passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades mais elementares do dia a dia, como alimentação, higiene e vestuário”, explica Mattos.
Importante ressaltar que a doença de Alzheimer não tem cura. Em seu tratamento, os medicamentos procuram apenas aliviar os sintomas. “Há medicação que ajuda a corrigir os desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro, mas infelizmente ela tem efeito temporário. Por enquanto, não há medicação que impeça a doença de continuar a progredir”, afirma Alexandre de Mattos sobre a doença, que não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. “A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. O geriatra que cuida do paciente com Alzheimer não pode negligenciar a saúde da família e do cuidador”, finaliza o médico.
MOBILIZAÇÃO – Para conscientizar a população sobre a doença, no próximo domingo (dia 20), a Praça de Casa Forte será alvo de uma mobilização. Promovido pela Associação Brasileira de Alzheimer – Regional Pernambuco (Abraz-PE) o encontro irá das 8h às 12h e incluirá pequenas palestras – “O Papel Social do Cuidador”, “Família e Alzheimer – Como lidar?” e “Cuidando do Cuidador” –, apresentação de atrações culturais e culto ecumênico, além de uma grande caminhada ao final. Outras informações sobre a mobilização podem ser obtidas por meio do telefone 3272.0263. Tem ainda o e-mail abraz.pe@abraz.org.br
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Brava Comunicação & Marketing.







