A retomada de valores como a amizade e o respeito foram abordados nesta quinta-feira (4) durante a palestra do educador e escritor Rubem Alves no I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2010, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na oportunidade, ele falou sobre os dilemas relacionados à terminalidade da vida, questão que tem chamado a atenção dos profissionais e pacientes, sobretudo, com o advento de inovações técnica e científicas.
Diante uma plateia lotada, o convidado abordou de forma poética os dilemas e desafios que se apresentam dentro da relação médico e paciente. “Acredito que, como paciente, todos precisam de respeito, de serem ouvidos. Já fui a médicos que não me olhavam nos olhos, mergulhados em uma tela de computador. Ficava imaginando: no que será que eles estão pensando?”, disse, em entrevista após sua participação.
O 2º secretário do CFM, Gerson Zafalon Martins, que introduziu a exposição do escritor Rubem Alves agradeceu a contribuição dada ao encontro, no qual a reflexão feita se harmoniza com temas importantes para a categoria. Após a palestra do convidado, foi lançado o vídeo O Médico, produzido através de parceria do CFM com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná.
Com cinco minutos de duração, o filme adapta um texto do escritor Rubem Alves no qual relata uma visita a um médico quando criança e o impacto que isso trouxe para sua vida. Alves, que aparece como o narrador dessa história, faz sua estreia no mundo das imagens falando de algo que o fascina. “Sou um admirador dos médicos. Inclusive, tenho um filho médico”, revelou.
Segundo dia – Na sequência da apresentação de Rubem Alves, os participantes do I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2010 acompanharam dois importantes debates. No primeiro, foram abordadas questões relacionadas ao atendimento de urgência e emergência no país.
Em mesa coordenada por Mauro Britto, conselheiro do CFM e coordenador do SAMU de Campo Grande (MS), dois convidados do CFM – Rodrigo Oliveira Rosa Ribeiro de Souza, membro da Comissão Científica da Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência; e Wilson Pacheco, diretor do Núcleo Multidisciplinar de Estudos sobre Acidentes de Tráfego da Universidade Federal de Santa Catarina) – trataram de temas específicos como a qualidade da assistência pré-hospitalar e a formação ideal do médico emergencista.
Pouco depois, os participantes acompanharam uma mesa redonda sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão de Assuntos Políticos (CAP). O coordenador do grupo, Alceu José Peixoto Pimentel, apresentou os resultados alcançados pela articulação política feita pelos médicos e procurou estimular entre os participantes a criação de comissões semelhantes para atuar nos estados, para fazer o acompanhamento dos temas de interesse da corporação.
Outros dois temas concluíram a agenda de atividades em plenário desta quinta-feira: uma mesa sobre conflitos entre médicos peritos e assistentes, que contou com a participação de Renato Moreira Fonseca, conselheiro do CFM; do presidente Associação Brasileira de Medicina Legal, Railton Bezerra de Melo; do presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Teive e Argolo; e do presidente Sociedade Brasileira de Perícias Médicas, Cláudio José Trezub.
Finalmente, foram apresentados aos participantes uma discussão sobre a aplicabilidade do novo Código de Ética Médica, conduzida pelos conselheiros José Fernando Vinagre e José Albertino Souza, respectivamente, corregedor e vice-corregedor do CFM. Ambos ressaltaram as mudanças com a nova regra, que entra em vigor no dia 13 de abril, e a forma como os conselhos regionais devem se comportar na analise e julgamento de processos abertos antes e após a vigência do CEM.
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: CFM.







