“Em 59 anos de existência do Cremepe nunca um procurador visitou a autarquia” com essas palavras e o reconhecimento da autoridade na instituição o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Dubeux, recebeu o Procurador Geral de Justiça do Estado, Francisco Dirceu Barros e o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça em Defesa da Saúde (Caop), Édipo Soares, na tarde desta quarta (22/02), na sede do Cremepe, visando à continuidade da relação entre os órgãos.
O procurador Francisco Dirceu de Barros assumiu a liderança do Ministério Público de Pernambuco no início do ano para o biênio 2017 – 2019. Ele foi procurador em Garanhuns e com 17 anos de carreira no órgão da justiça. Ele fez questão de conhecer a entidade médica e pretende manter um canal aberto entre as instituições. “Gosto muito de dialogar, por isso, disse que vou lá”, se referindo à visita ao Conselho. Ainda explicou que está ciente do cenário de crise estadual, mas que enxerga a crise como uma oportunidade.
Convênio – Na oportunidade, o secretário Geral do Conselho, José Carlos Alencar, destacou que já foi assinado um convênio de cooperação ampla entre as instituições que visa a “adequada prestação de serviços médicos ao cidadão” e que é preciso fortalecer ainda mais a parceria. Diante do documento o procurador se colocou à disposição. “Porém não quero que a parceria fique só no papel e me proponho a fazer uma palestra para os médicos sobre implicações criminais na conduta médica”, disse Dirceu.
Já na área da assistência materna a corregedora adjunta da entidade, Luiza Menezes, ressaltou o problema da superlotação nas maternidades e buscou apoio da autoridade para unir os municípios com o intuito de realizar consórcios – o modelo já foi discutido na promotoria de Caruaru, inclusive com a presença do Cremepe, mas não foi para frente -, ela sugeriu que cada município de uma determinada região entre com uma contrapartida afim de existir uma maternidade de referência de alto risco para os casos de complicação. Atualmente, os municípios têm equipes desfalcadas o que resulta na transferência da parturiente para a capital superlotando as unidades do Recife.
Por fim, o promotor do Caop saúde voltou a destacar o excelente trabalho que vem sendo desenvolvido, em conjunto, entre os órgãos.
