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Cremepe fiscaliza todas as UBS em Nazaré da Mata

Ao olhar as fotos da fiscalização nas Unidades Básicas de Saúde do município de Nazaré da Mata (69 km da capital do Estado) nada se parecem com unidades de saúde a não ser pela placa imensa com o nome UBS em cima do portão. Logo se ver que são moradias adaptadas para o atendimento médico. O município têm 12 unidades com a finalidade de ser “a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais”, de acordo com o Ministério da Saúde, mas não é o que acontece em Nazaré, não é o que acontece em Pernambuco.

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Se não bastasse a estrutura improvisada, falta de acessibilidade e os problemas se agravam no interior dos prédios. Mofo e infiltrações é quase unanimidade, o espaço para guarda de prontuários é falha e não há sala de reunião que segundo o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde prever um quadro negro e/ou branco, quadro mural, cadeiras em número compatível com a quantidade de participantes de atividades educativas, mesa, televisão, vídeo, computador, retro-projetor, tela de projeção e outros equipamentos de mídia. Quando muito se pega “emprestadas” as cadeiras de plástico da recepção e consultório médico. Não existem salas adequadas para reunião de gestantes. As salas de reunião são improvisadas.

A situação foi identificada no mês de julho de 2017 quando o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), a partir de um procedimento do Ministério Público Federal (MPF) vistoriou todas as unidades Básicas do município. A determinação da justiça federal consistia em identificar da escala de plantão dos funcionários uma vez que após as eleições todo o quadro foi demitido – exceto os ACS que são concursados -. De fato os médicos, enfermeiros, técnicos, odontólogos e pessoal de serviços gerais foram recontratados, deixando a escala completa, para trabalhar em ambientes insalubres.

A ventilação é precária em todas as unidades e não há climatização nos setores indispensáveis como a farmácia e sala de vacinação. Em todas as UBSs a sala de curativo é compartilhada com nebulização e pequenos procedimentos. A maioria das unidades não tem sala odontológica, sobrecarregando as únicas duas que possuem.

 MEDICAÇÃO – Na opinião do 2º secretário do Cremepe, Sílvio Rodrigues, o problema mais grave é a falta de medicamentos básicos como captopril – para pressão -, losartana, metronidazol, metocopramida. Tem unidades que falta até dipirona e ácido fólico, substâncias para tratamento de dores. “As unidades básicas são extremamente precárias que reflete na capacidade de resolução, no fornecimento de medicações essenciais e na qualidade dos procedimentos”, explicou Rodrigues.

EQUIPAMENTOS – São defasados e antigos, bem como as mesas, cadeiras e estantes. Todos de ferro e com indícios de ferrugem. A manutenção não existe e quando o equipamento quebra serve apenas como entulho.

Mas quem sofre? Toda aquela comunidade, em maior escala crianças pelo risco de doenças adquiridas pela via inalatória e idosos pela necessidade da grande quantidade de remédios.  Algumas unidades faltam material infantil, exemplo de tenciometro, estetoscópio, esfingomanometro (PSF Sertãozinho).