Pesquisas norte-americanas revelam que a bulimia e a anorexia têm nas mulheres 90% de seu alvo. Emagrecer a qualquer custo é característica da sociedade moderna que encontra na contradição o seu maior estigma: nunca se comeu tanto e de maneira tão errada, assim como nunca houve tanta preocupação em se perder peso. É consenso entre os profissionais da área médica que os meios de comunicação e a indústria da beleza possuem parte da culpa em dois males que afligem em especial as mulheres: bulimia e anorexia. Somadas a esses dois transtornos alimentares, enfileiram-se doenças mais recentes como as síndromes “do banquete”, “ingestão noturna” e “transtorno pré-menstrual”.
O tema está sendo abordado atualmente em telenovela, em que uma jovem sofre de bulimia desde a infância e, mesmo estando na fase adolescente, ainda padece com o mal. O transtorno alimentar, nesse caso, teve influência da mãe, que sempre se importou excessivamente com peso, corpo magro, alimentação.
Controlar a alimentação para não ganhar peso é saudável, mas ficar abaixo do peso recomendado para altura e idade e ainda por cima preocupada em não ganhar um grama é doença. Esse é o problema de muitas jovens e adolescentes que sofrem dos transtornos alimentares. As vítimas da bulimia normalmente têm de 20 a 30 anos. Primeiro, elas comem muito de uma vez só e depois provocam vômitos ou se exercitam até a exaustão para emagrecer.
O problema atinge nove mulheres para cada homem e cerca de 4% da população feminina. Já a anorexia pode começar como uma inocente dieta e terminar em completa ausência de apetite. A doença afeta de 0,5% a 1% da população e 95% dos pacientes são adolescentes. Um dos fatores que levam a mulher a ser a principal vítima desses transtornos está relacionado à cultura das dietas e o conceito de que apenas as magras são belas e bem-sucedidas. Não existe prevenção para esses transtornos e o ideal é que as famílias prestem atenção ao comportamento das jovens. Cerca de 60% das pacientes de bulimia se curam. No caso da anorexia, os índices de recuperação são menos otimistas: cerca de um terço se cura, um terço melhora e um terço torna-se doente crônico. (Dados do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo – Ambulim).
A Bulimia tem como sintomas dor de estômago, cansaço, desmaios, náuseas, diarréia, irregularidade menstrual, depressão (é importante lembrar que os episódios devem acontecer duas vezes por semana durante três meses seguidos). Os sintomas da Anorexia são pele seca, queda de cabelo, olhos fundos, pressão baixa, depressão, irritabilidade, obsessão por exercícios físicos, perda excessiva de peso em períodos curtos.
O tratamento para os dois distúrbios inclui orientação de equipe multidisciplinar (psicólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, clínico geral). Não há medicação específica para anorexia. No caso da bulimia, antidepressivos ajudam. Paciente e família devem fazer terapia.
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe
Com informações da Comunicativa.
