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Médica pernambucana é a primeira estrangeira a receber prêmio da Academia Americana de Oftalmologia

A médica pernambucana Camila Ventura é a ganhadora do Prêmio Artemis 2018, conferido pela Academia Americana de Oftalmologia anualmente a um jovem profissional da oftalmologia que tenha se dedicado às pessoas carentes em todo o mundo. Nomeada pela Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO), aos 32 anos, a médica alcança a façanha de ser a primeira estrangeira a ser agraciada com este prêmio. A cerimônia de premiação será durante a Academia Americana de Oftalmologia, no próximo dia 28, em Chicago.

No site da Academia Americana de Oftalmologia, a atuação da médica em favor dos mais necessitados é ressaltada. “Dra. Camila Ventura está empenhada em erradicar as disparidades de saúde e combater a Síndrome Congênita do Zika”, afirma o texto. Camila Ventura fez sua especialização em Oftalmologia na Fundação Altino Ventura (FAV), organização sem fins lucrativos fundada pelo seu avô, Dr. Altino Ventura, e seu sócio, Dr. Inácio Cavalcanti, juntamente com seus respectivos filhos e esposas, Drs. Marcelo e Liana Ventura e Drs. Ronald e Elani Cavalcanti. Desde a sua inauguração em 1986, a FAV fornece tratamentos gratuitos para a população de baixa renda no estado de Pernambuco.

Depois de se tornar Oftalmologista, Camila se especializou em Retina Médica, Uveíte e Oncologia Ocular na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Retina Cirúrgica, na FAV. A médica Camila Ventura relatou, pela primeira vez, os achados oculares em bebês afetados pelo vírus Zika durante a gravidez, como parte do surto que atingiu o Brasil, em 2015.

Seus estudos abordam especificamente os danos estruturais causados ao olho pelo vírus, a fisiopatologia por trás das manifestações, os efeitos de curto e longo prazo desses achados na visão e resposta dos bebês ao tratamento de intervenção precoce.

Em 2016, Camila teve a oportunidade de ingressar no Bascom Palmer Eye Institute, em Miami, onde iniciou sua especialização em retina pediátrica, sob a supervisão da médica Oftalmologista Audina Berrocal e descreveu os primeiros casos de Zika nos EUA. A médica é atualmente considerada uma expert em Zika Congênita, tendo publicado mais de 25 artigos científicos diversos capítulos de livro na área e participado de conferências mundiais, como na Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, ela está colaborando com o National Eye Institute (NEI) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), em estudos prospectivos que abordam os aspectos oftalmológicos e as conseqüências do desenvolvimento neurológico da Síndrome Congênita do Zika Vírus, respectivamente. Em janeiro de 2018, ela concluiu seu programa de doutorado na Unifesp e ingressou no programa de pós-doutorado. Dra. Camila Ventura é atualmente a chefe do Departamento de Pesquisa Clínica da Fundação Altino Ventura.