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Fevereiro Laranja: GAC-PE reforça a importância do diagnóstico precoce da leucemia

A campanha Fevereiro Laranja tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre os sinais e sintomas da leucemia, assim como a importância da doação de medula óssea. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é um dos tumores mais frequentes na infância e na adolescência. Desde que a campanha foi criada, em 2019,  o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer – Pernambuco (GAC-PE) informa a população sobre o câncer e seus tipos, além de reforçar o diagnóstico precoce. 

A leucemia afeta as células de defesa do organismo, conhecidas como leucócitos. Ela começa na medula óssea e se espalha pelo corpo através do sangue. Segundo a hematologista do GAC-PE, Edinalva Leite, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças comuns na infância, como a virose. “Os sintomas mais comuns são febre, anemia, fraqueza, sangramento orais e nasais, manchas roxas na pele, infecções, aumento dos gânglios, baço e do fígado”, explica. “Toda vez que uma criança apresentar esses sintomas, somado a alterações no exame de sangue, podemos pensar em leucemia”, alerta.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) a mais comum em crianças. “Na faixa etária pediátrica as leucemias mais frequentes são as agudas, que correspondem a cerca de 97% dos casos”, revela Edinalva. Para cada tipo (e subtipo) de leucemia é recomendado um tratamento específico. Os mais comuns são a quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e o transplante de medula óssea.

Se diagnosticada precocemente, as chances de cura da leucemia são de 90% para as crianças e de 50% em adultos de até 60 anos. De acordo com a oncologista pediatra e presidente do GAC-PE, Vera Morais, independentemente do tipo de leucemia, o diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais fácil e menos agressivo para os pacientes.

CASO JÚLIA

Os primeiros meses de 2020 foram de muita angústia e incertezas na vida de Marília Lima, mãe da Maria Júlia, de 5 anos. De janeiro para fevereiro daquele ano, a pequena começou a apresentar sintomas como febre alta e constante, manchas pelo corpo, cansaço e aumento do abdômen. Foi no Hospital Oswaldo Cruz, no Recife, que Maria Júlia, na época, com apenas 3 anos, recebeu o diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda (LLA).

Em março, a criança deu início ao tratamento no Centro de Onco-hematologia Pediátrica de Pernambuco (CEONHPE) e recebeu toda a assistência do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer  (GAC-PE). “Ela já chegou com 85% da medula comprometida. Se eu não fosse logo atrás do diagnóstico, Júlia poderia morrer a qualquer momento, devido ao avanço da doença”, conta Marília. “Minha filha finalizou o último blocão de quimioterapia e, atualmente, está em manutenção do tratamento contra o câncer. Eu estive ao lado dela durante todo o período e nós duas vamos sair vencedoras dessa luta”, afirma.