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Instituto Pernambucano de História da Medicina – 76 anos

Por Miguel Doherty e Renato Câmara*

O mês de agosto tem significado especial para o IPHM pois no dia 25 deste mês em 1946, o médico Octávio de Freitas se reuniu, em sua residência, com diversos profissionais para fundar uma sociedade que tivesse como propósito central preservar a memória da Medicina de Pernambuco.

Antecipando-se mais uma vez, Dr. Octávio convidou também para a referida reunião dentistas, farmacêuticos, veterinários e químicos, já sinalizando a importância da integração entre as diversas áreas da saúde. Nascia o IPHM. De 1946 até aqui a trajetória foi difícil, construída com conquistas e frustrações, mas também marcada por fatos relevantes indicadores da perseverança e resiliência de seus dirigentes. Leduar de Assis Rocha e José Falcão foram os sísifos modernos, determinados a dar prosseguimento ao ideário de Dr. Octávio. A eles seguiu-se Miguel Doherty que, com sua natureza agregadora, mantém acesa a chama da esperança de um Instituto atuante e respeitado que cuida do passado, mas deve estar sintonizado com os desafios do presente para melhor enfrentar o futuro.

Nos últimos quatro anos, apesar dos tempos certamente perdidos da pandemia, a Diretoria procurou avançar na recuperação dos nossos espaços físicos, na reativação das atividades científicas, na regularização da situação fiscal e bancária, no relacionamento com entidades congêneres e na integração entre os associados através de redes sociais e do nosso Boletim. Não deixou de expressar nossas inquietações sobre a importância do ensino da História da
Medicina dentro do campo das Humanidades Médicas. Entretanto a atenção maior está voltada para o Museu e seu acervo, que sofre com o acondicionamento inapropriado e a falta de manutenção. Isto se torna mais preocupante pela compreensão que o museu não deve ser ambiente de acúmulo de objetos ou peças antigas, mas um “lugar de memória” com papel pedagógico de destaque não apenas quanto à referência a um personagem ou objeto, mas
na reflexão crítica do que se acha exposto. Daí lhe ser conferida uma importante responsabilidade social.

Conseguimos aliviar a situação através de ações financiadas com recursos próprios e através de projetos como o da FACEPE e da PROEXC-UFPE, além do apoio da Academia Pernambucana de Medicina. Todavia, estamos conscientes que estas metas de ampliação das atividades do IPHM e reabertura do Museu estão situadas dentro de um processo, infelizmente prolongado, com etapas que precisam ser paulatinamente vencidas.

Cabe a nós persistir e cada vez mais compreender que a construção deste caminho deve ser coletiva e com participação de todos associados.

Neste momento em que voltamos aos nossos encontros presenciais com o devido respeito às recomendações sanitárias relativas à pandemia da Covid-19, não podemos deixar de registrar os agravos causados por esta terrível condição notadamente porque em nosso país já nos aproximamos do absurdo e inaceitável número de
700 mil mortes.

Destacamos o papel excepcional dos nossos colegas que se mantiveram firmes na linha de frente desta batalha. A todos eles dedicamos esta edição!

*Dr. Miguel Doherty e Dr. Renato Câmara são presidente e vice-presidente do Instituto Pernambucano de História da Medicina.

Acesse o BOLETIM INFORMATIVO – Ano 76 – Nº 18 – JUL – AGO 2022